Seis cidadãos estão a contas com as autoridades policiais na província de Inhambane, acusados de terem cometido quatro ilícitos criminais durante o processo de votação e contagem dos votos.
A porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Inhambane, Nercia Bata, informou que, após a detenção, foram lavrados autos e encaminhados para o Ministério Público para os passos subsequentes.
Os quatro casos incluem um no distrito de Morrumbene, onde ocorreu na Escola Primária Primeiro e Segundo Grau de Guizigo, envolvendo um nacional de 71 anos, delegado de um partido, que inviabilizou o trabalho alegando a existência de funcionários públicos integrados no grupo de MMV.
O segundo caso foi registado no distrito de Inhassoro, na Escola Primária Completa de Chitsotso, envolvendo um cidadão de 49 anos flagrado a mobilizar eleitores para votar no seu partido em troca de valores monetários.
No distrito de Vilankulo, foram registadas duas ocorrências de ilícitos eleitorais após dois cidadãos dirigirem as mesas de votação com credenciais falsas supostamente emitidas pelos seus partidos. Por fim, no distrito de Maxixe, concretamente na Escola Primária Local, envolveram-se dois membros da Comissão Nacional de Eleições que denunciavam suposto enchimento de urnas.
Apesar desses incidentes, a polícia considera de positivo o processo de votação na província de Inhambane e garantiu proteção a todos os envolvidos neste trabalho.
Nercia Bata reitera o apelo para que os cidadãos tenham um comportamento urbano, enquanto se aguarda a contagem e apuramento até a divulgação dos resultados eleitorais.
Dados preliminares divulgados pelos órgãos eleitorais em Inhambane indicam que das 378 mesas de um total de 1.675 mesas de assembleia de voto, foram contabilizados 86.958 votos válidos referentes à eleição do presidente da República. O candidato Lutero Simango obteve 2.834 votos, o que corresponde a (3,26%); Daniel Chapo obteve 61.083 votos (70,25%); Venâncio Mondlane com 19.863 votos (22,84%); e 3.175 votos (3,65%) para Ossufo Momade.
De acordo com o porta-voz do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, Alberto Guila, em relação à eleição dos deputados da Assembleia da República foram processadas 213 mesas do total de 1.675 criadas, com 31.367 votos. Nesta eleição, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) teve 1.093 votos; a Frelimo obteve 27.775; a Renamo teve 2.274; e PODEMOS recebeu 4.027 votos, correspondendo a 3,48%, 88,55%, 7,25% e 12,84%, respectivamente.
Já para a eleição dos membros da assembleia provincial foram obtidos 26.502 votos válidos das 135 mesas processadas. O MDM obteve 1.764 votos; a Frelimo com 20.424; a Renamo teve 2.512; e PODEMOS não concorreu para a assembleia provincial.
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