Nos dois principais cemitérios de Maputo foram regularizadas acima de 24 mil campas. Assiste-se agora a uma mudança de figurino com algumas sepulturas a apresentarem uma cara nova. Contudo, ainda existem muitas campas em estado de abandono. A estrutura está danificada e algumas, inclusive, transformadas em entulho de pedra. Entretanto, a 30 de Novembro corrente termina o prazo dado pelo Conselho Municipal para a regularização de campas.
Dados levantados pelo domingo dão conta que o Conselho Municipal pode chamar a si a titularidade dos espaços abandonados. Serão abrangidas campas que tenham completado cinco anos após a realização do primeiro enterro.
O município passará a ter a prerrogativa de ceder os espaços para eventuais interessados em realizar uma inumação, uma medida que vai englobar também jazigos que se encontram em estado de abandono.
Horácio Facitela Maluvane, administrador do Cemitério de Lhanguene, considerou que do chamamento aos munícipes resultou numa maior consciencialização quanto à necessidade de conservar os lugares onde jazem os entes queridos. Nas reuniões promovidas a nível dos quarteirões algumas congregações religiosas acabaram por aconselhar os respectivos a visitarem as campas de familiares. Com este movimento, muitas campas foram recuperadas e beneficiaram de decoração de acordo com a capacidade de cada família.
Ainda no Lhanguene, vêem-se campas que recentemente beneficiaram de pintura ou que foram decoradas com mármore ou azulejos. Outros pura e simplesmente rebocaram-nas com cimento.
Alguns jazigos sofreram obras de beneficiação. Houve melhoria das portas e há famílias que optaram por selar a entrada com blocos para evitar vandalização de caixões e de peças metálicas. Leia mais…