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Quando a saúde depende da solidariedade virtual

Por Jornal domingo

POR: HERCÍLIA MARRENGULE

hercilia.marrengule@snoticias.co.mz

A escassez de recursos, a falta de médicos especialistas e a sobrecarga nos hospitais públicos do país têm tornado o acesso a cuidados médicos especializados uma realidade distante para muitos cidadãos. Em vários casos, pacientes que não encontram alternativas viáveis no Sistema Nacional de Saúde (SNS), vêem-se obrigados a buscar tratamentos no estrangeiro, uma decisão que acarreta custos financeiros elevados e coloca suas famílias em situações difíceis.

Para a síndrome nefrótica, por exemplo, um conjunto de sinais e sintomas associados ao mau funcionamento do rim, uma enfermidade que pode evoluir para doença renal, Moçambique conta com apenas cinco especialistas no Hospital Central de Maputo (HCM) e dois cubanos nos hospitais centrais da Beira e Nampula. Essa quantidade de especialistas é insuficiente diante da crescente demanda. Dados do HCM referentes a 2023 indicam que mais de 2300 pacientes foram atendidos nas consultas externas de nefrologia.

 Ademais, só em 2020, as estimativas apontam que 32 por cento, dos 874 pacientes diagnosticados com doença renal crónica, estavam em estágio terminal, o que significa que os rins já tinham perdido 90 por cento da capacidade de funcionamento e precisavam de um tratamento de substituição quer seja por via de hemodiálise, diálise peritorinial ou transplante de rins, procedimento que só é feito nos três hospitais de referência do país. Leia mais…

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