O SED, Gilberto Mendes, afastou a nuvem que paira no ar e que faz crer que o engajamento da Argélia, manifestado em Março, de financiar a construção da arena multiuso seja uma resposta ao posicionamento do vizinho Marrocos que, em Maio de 2023, mostrou disponibilidade em financiar a construção, com USD 8.000.000,00 (oito milhões de dólares), do Centro Técnico da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), junto ao Estádio Nacional do Zimpeto.
É que Moçambique pode estar a ser o palco de influência dadas as diferenças políticas existentes entre os dois países, causadas pela questão da autodeterminação da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), um território que reclama independência do Marrocos há décadas e que Moçambique e Argélia sempre reconheceram.
- Acho que essa questão não se coloca. Basta lembrar que Moçambique tem a sua génese, como país independente, ligada à Argélia. No período da luta de libertação, os nossos combatentes formaram-se na Argélia, país que também disponibilizou os meios materiais para fazer a luta. Portanto, a nossa relação com a Argélia é histórica e tem mais de 60 anos – historiou Gilberto Mendes, para afastar a questão política da RASD nesta iniciativa.
- Gostaria de lembrar que, na Argélia, quando se fala de Moçambique é com enorme carinho e paixão. É como se nós, moçambicanos, estivéssemos a falar do Zimbabwe. Foi por isso que quando o Chefe do Estado esteve lá, em Março e perguntaram-lhe quais eram as preocupações que tinha, particularmente na área do desporto, ele falou da arena multiuso. Leia mais…