O desporto moçambicano está de luto pela morte, na madrugada de ontem, em Maputo, de Belmiro Caetano Manaca Dias, ex-seleccionador nacional de Moçambique, vítima de doença prolongada.
Belmiro Manaca, de 81 anos de idade – o homem que levou os “Mambas” ao primeiro Campeonato Africano das Nações (CAN), em 1986 – vinha lutando pela vida desde 2018, tendo inclusive estado de baixa no Hospital Central de Maputo.
Segundo Rosemary Manaca, filha do ex-timoneiro da equipa nacional, o pai vinha lutando para recuperar de várias enfermidades, dentre elas cancro da próstata, amnésia e AVC.
“Ele vinha recebendo tratamento em casa. Na noite de sexta-feira estava bem, mas, de repente, o quadro piorou de madrugada e, infelizmente, perdeu a vida”, disse.
Refira-se que em 2018 foi lançado na Beira um “Movimento Solidário” que visava buscar apoios para o tratamento do ex-timoneiro, tendo a sociedade respondido positivamente para minorar o esforço da família.
Como jogador, Manaca representou o Sporting da Beira em 1962 e transferiu-se na época seguinte para o Sporting, tendo, mais tarde, se mudado para o Sporting da Covilhã, onde terá terminado a carreira.
Como seleccionador será lembrado como o homem que conduziu uma das melhores senão a melhor selecção nacional de Moçambique de todos os tempos em termos de valores individuais.
Interessa lembrar que Manaca esteve no CAN Cairo-86 com valorosos jogadores como Filipe Chissequere, Joaquim João, os irmãos Geraldo, Elcídio e Chiquinho Conde, Nico, Calton Banze, Amade Chababe, Faruk, Jerónimo, Manuel, Ferreira, entre outros.
O funeral será realizado em data a anunciar.