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MEMÓRIA – TORNEIO DO CANIÇO: Geração de arte clássica

Por Jornal domingo

TEXTO DE JOCA ESTÊVÃO

JOCA.ESTEVAO@SNOTICIAS.CO.MZ

No início da década de ‘70, Daniel Aleluia e Botelho de Melo, dirigente e treinador do Grupo Desportivo 1.º de Maio, respectivamente, decidiram criar um enorme movimento futebolístico infantil em Lourenço Marques, como forma de entreter meninos entre os 9 e os 11 anos de idade, no período de férias escolares. A prova foi denominada Torneio do Caniço.

Não há informação certa para a escolha do nome, mas, provavelmente, tenha sido porque a prova era dominada maioritariamente por meninos das zonas suburbanas.

Foram inscritas cerca de 100 equipas provenientes de vários bairros urbanos e dos arredores da cidade de pedra. Apesar do momento que se vivia, devido às acções dos movimentos de libertação nacional, meninos brancos e de raça negra misturaram-se na competição. Aliás, tanto Daniel Aleluia, como Botelho de Melo, de raízes puramente portuguesas, eram tidos como elementos da política da esquerda, ou seja, eram anti-regime fascista e colonialista português dominante em vários países espalhados pelo mundo, entre eles Moçambique.

Referir que Botelho de Melo, um homem bastante influente na arena futebolística moçambicana, é pai de Mesquita, um médio que envergou a camisola do Desportivo da capital, mas depois de representar o clube treinado pelo seu pai. Aliás, Mesquita, nos finais da década de ‘60, pertenceu à equipa júnior do Sport Lisboa e Benfica, onde por lá treinou na mesma equipa com Nuro Americano, Carlos Calado e Shéu Han, outros moçambicanos  que conheceram o balneário “encarnado” naquela época. Leia mais…

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