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MEMÓRIA – AUGUSTO MATINE: Dois jogos de elevado nível abriram-lhe portas do Benfica

Por Idnórcio Muchanga

Naquele tempo, muitos futebolistas jogavam nas manhãs de sábado ou domingo nos seus bairros e, à tarde, faziam-no como federados.

Houve exemplos de antes da época de Fernando Lage, Mário Coluna, como também de um pouco mais tarde, com Eusébio, Hilário, Vicente, entre outros craques de reconhecia valia que surgiram depois.

Hoje, questiona-se como era possível os jogadores de antigamente terem arcaboiço para enfrentar 180 minutos em um só dia quase ao mesmo nível.

Augusto Matine foi um desses jovens que, no seu tempo, aguentava muitas horas em actividade desportiva plena num só dia. Nas manhãs, Matine e outros rapazes da altura jogam no bairro, concretamente no Xipamanine, nas manhãs e, no período da tarde, envergavam a camisola do Clube Central, da II divisão da então Lourenço Marques.

Num certo domingo, em 1967, Augusto Matine jogou pelo seu clube (Central), que ganhou graças aos seus dois grandes golos. Essa partida, realizada no campo do Sporting de Lourenço Marques (Maxaquene), serviu de “aperitivo” para o público presente naquele recinto, que, um tempo depois, deliciou-se com um despique de fundo, que era frequente naquele tempo, que colocou frente- -a-frente as selecções de Angola e de Moçambique, representada por jogadores de Lourenço Marques (Maputo). No entanto, durante o aquecimento, um jogador da selecção local lesionou-se e, segundo escreveu Luís Loforte, numa das suas memórias, em homenagem àquele “poço de forças”, “como o Matine jogasse na mesma posição, lá o foram buscar no balneário, enquanto festejava a vitória do seu Central”. Leia mais…

Por Joca Estêvao
joca.estevao@snoticias.co.mz

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