Jorge Rungo e
Domingos Nhaúle
“O candidato da Frelimo às sétimas eleições presidenciais vai ganhar de forma retumbante, assim como este partido vai conquistar a maioria dos assentos no parlamento em virtude de a Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ainda estarem a discutir a sucessão na liderança”. A tese é defendida pelo académico Lourenço do Rosário, em entrevista ao domingo, na qual faz uma antevisão das eleições gerais que vão ter lugar este ano. Segue a entrevista em discurso directo.
O país acolhe, a 9 de Outubro próximo, as VII Eleições Presidenciais e Legislativas, as IV das Assembleias Provinciais e as II dos governadores de província. Que se pode esperar da prestação dos partidos políticos com assento parlamentar?
Primeiro, é preciso fazer… digamos, um olhar para trás, porque estamos a vir de um calendário eleitoral anterior que previa a realização das eleições autárquicas e distritais em 2023 e que isso tem consequências na antevisão das eleições do presente ano. Os pressupostos eleitorais em Moçambique são complicados do ponto de vista da dinâmica do voto e outros processos que os acompanham. As revisões da Lei Eleitoral, quer de 2014, assim como de 2018, resultaram de resoluções e acordos para o fim de conflitos. Parecendo que não, isso tem implicações no que diz respeito à postura dos partidos políticos. A Frelimo, como um partido estruturado, que está na governação desde a Independência, já tem uma dinâmica e sabe como lidar com os processos históricos e controlar inclusivamente parâmetros nas decisões.
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