Hoje Bula-bula não vai dar voltas com intróitos para “boi dormir”. É dia de ir directo ao assunto: Alguns cambistas de Ressano Garcia são burlões ou, se preferir, aldrabões e ponto final.
Nos tempos que correm, nem há tanta necessidade de se circular com notas e moedas, sobretudo em viagens transnacionais. Porém, e porque são conhecidos os sustos que o tal de “sistema bancário” prega, sem avisar, o melhor é seguir a máxima que reza que “o seguro morreu de velho”, que equivale a dizer que “com sabedoria toma-se precauções para evitar surpresas desagradáveis”.
Sem casas de câmbio formais em funcionamento, resta apenas entregarse aos cambistas de rua que povoam o ponto de acesso ao posto fronteiriço de Ressano Garcia, que se auto-intitulam de “matsemane” (cortadores). Na prática, o serviço que prestam é de verdadeiros burlões, pois oferecem uma taxa de câmbio aparentemente favorável com o mero fito de atrair incautos.
O cliente entrega a quantia certa e os tais ditos-cujos conferem as divisas usando um truque de ilusionistas de esquina. Se o comprador não tiver o cuidado de conferir cada nota, corre ao risco de seguir viagem e se aperceber no destino que sofreu um pesado golpe.
Bula-bula presenciou dois episódios que ocorreram no intervalo de uma hora. No primeiro, a burla foi de 800 randes que foram recuperados na totalidade depois de duas horas de investigação feita pelas próprias vítimas.
Neste caso, o reboliço só culminou com uma valente troca de sopapos e pontapés por uma nesga de sorte do burlão, um tal de Vilankulo, e no segundo caso foram levados 1400 randes e o proprietário não teve a mesma sorte dos outros. Foi embora com uma lágrima no canto do olho. Leia mais…
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