A Galeria do Porto de Maputo continua a ser um espaço privilegiado para a exibição de artistas nacionais e internacionais de inquestionável talento. Na noite de sexta-feira, os moçambicanos Leyna Souto e Alfa Thulana partilharam o palco com o sul-africano Ernie Smith e a sua nova banda.
Em momentos distintos, os três serviram com intensidade uma amálgama de ritmos de várias latitudes e longitudes, num concerto que durou cerca de quatro horas bem preenchidas, tendo como porta-estandarte a animada Leyna Souto que fez uma interessante viagem pelas suas criações.
A meio da sua apresentação, estendeu a mão à cabo-verdiana Cesária Évora e deu uma nova e divertida roupagem ao tema “Sodade”. Leyna mostrou confiança e perfeita harmonia com o resto da banda, feita totalmente de gente bastante jovem, como ela, e que demonstrou possuir pergaminhos para conquistar grandes palcos cá e lá. Num momento de explosão, Leyna convidou a plateia a fazer com ela um instrumental vocal, aquilo a que os músicos e intérpretes do jazz chamam de “scat singing”, que é a técnica de canto criada por Louis Armstrong e que consiste em cantar balbuciando monossílabos, ou palavras sem sw entido, num solo que se faz usando a boca como instrumento.
As mulheres presentes foram as primeiras “alunas” e seguiram-se os homens. No final, a mescla de ambos e arrancou aplausos que serviram de sinal e de perfeito aquecimento para aquela noite. Leia mais…
CONCERTO DE ERNIE SMITH: Um show de “maduros” da guitarra e do vocal
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