Cerca de dois anos depois, a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) está a trabalhar com vista ao regresso do Campeonato Nacional de seniores femininos entre este mês e Fevereiro.
A última vez que se disputou um Campeonato Nacional de seniores femininos foi em 2019. Aliás, foi também nessa altura que se realizou a prova de masculinos (Liga Nacional de Basquetebol), provas curiosamente conquistadas pelo Ferroviário de Maputo, sendo sexto consecutivo em femininos e segundo em masculino.
Roque Sebastião, presidente da FMB, revelou que “estamos concentrados na organização do Campeonato Nacional de Seniores femininos, que pensamos que poderá arrancar entre a última quinzena de Janeiro e a primeira de Fevereiro próximo”.
No entanto, o dirigente ressalvou que “esta intenção depende, como todos sabem, da manutenção do decreto em vigor em relação às medidas de protecção para a Covid-19”.
A fonte disse ainda que “vamos anunciar dentro de dias o modelo ideal de disputa do campeonato. Digo isso porque muitas províncias não competiram. Aliás, é só a cidade de Maputo que está a competir em femininos, daí ser necessário um modelo que vá de acordo com esta realidade”, disse para depois esclarecer que “é só intenção porque não sabemos como é que o Governo vai reagir aos casos positivos que tivemos na última jornada do Campeonato da Cidade de Maputo”.
Roque Sebastião, que falava numa longa entrevista a ser publicada na íntegra na edição de amanhã do desafio, revelou ainda que “estamos a trabalhar com a Liga Nacional de Basquetebol para que a fase final da Liga – não se realizou em Dezembro porque o Ferroviário da Beira estava na BAL – tenha lugar à mesma altura do Nacional de femininos (entre Janeiro e Fevereiro). Estamos a concertar com as associações e os clubes para tal”.
Entretanto, o dirigente reconhece que as camadas de formação foram as mais sacrificadas pela Covid-19 e até agora a FMB ainda não sabe o que fazer, pois “não depende exclusivamente de nós. Temos condicionalismo. O Decreto abrange retoma de provas da formação. Mesmo assim estamos em crer que podemos, por exemplo, realizar provas regionais de juniores, se houver uma abertura para o efeito. Estamos a pensar nisso porque são atletas que estão no limite do escalão. Infelizmente o basquetebol e o futebol têm um protocolo bastante rígido por serem modalidades de massas”, referiu o presidente da FMB.