“Cada Homem é uma raça” é o título de uma das obras de um dos escritores-mores do nosso país, Mia Couto, a quem Bula-bula nem sequer pediu autorização pela citação. Mas ele, Mia, é um tipo porreiro. Aliás, é bom que se saiba que, na sua juventude, calcorreou os corredores da sede do “Notícias”. Logo, é colega. Logo, não vai zangar. Mas vamos ao que interessa.
Vem esta prosa a propósito de uma mulher em serviço de parto que se dirigiu ao Hospital Rural de Angónia, na parte mais a Norte da província de Tete. Narra-se que o processo de maternidade já tinha esgotado as fases preliminares de dor aqui e ali. O bebé estava determinado a vir ao mundo naquele dia.
Todavia, uma das raças humanas, de timbre desconhecido, que se encontrava em serviço naquela unidade hospitalar, entendeu fazer das suas e ignorar o juramento de Hipócrates que terá proferido algures, no final da sua formação. Tal juramento, dependendo das adaptações que cada sociedade inventa, reza que “exercerei a minha arte com consciência e dignidade.Leia mais…
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