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“A única coisa que cai do céu é a chuva”

Por Jornal domingo
  • Em entrevista ao domingo, João Chissano, antigo futebolista, fala da importância da dedicação e preservação do corpo, como caminho para o profissionalismo e estrelato

TEXTO DE CAROL BANZE

FOTOS DE FÉLIX MATSINHE

Chama-se João António Baptista Chissano. O Baptista não consta oficialmente nos documentos, “porque na altura do registo disseram aos meus pais que o nome era longo”. Nasceu em 1966, em Maputo. Começou a praticar futebol “seriamente em 1980”. Tinha, nessa altura, 14 anos de idade. Foi precisamente no Clube Ferroviário de Maputo, onde jogou “de 1980 a 1987, entre futebol, basquetebol e futebol”, sendo que, nesse entremeio,“pratiquei basquetebol durante dois anos e voltei para o futebol. Joguei dos juniores até aos seniores”. Em 1988, mudou de cores. Do verde e branco passou para o amarelo e azul, “no Costa do Sol, onde fiquei até 1998”. Conquistou, ao longo da sua carreira, 5 campeonatos, 4 taças e 4 supertaças nacionais. Como jogador da selecção, participou em 2 CAN, em 1996 e 1998. Ainda neste ano, transferiu-se para o futebol sul-africano onde jogou “pelo Bidvest Wits de Joanesburgo. Voltei em 2000 para o Costa do Sol e terminei a minha carreira em 2001”, afirmou.

João Chissano abriu, então, uma nova fase na sua vida. Abraçou a carreira de treinador e comandou clubes como Têxtil de Púnguè, Costa do Sol, Desportivo de Maputo, ENH de Vilanulo, Ferroviário da Beira, Baía de Pemba e Ferroviário de Maputo. Como treinador, ganhou 1 campeonato, 2 taças de Moçambique, 1 supertaça. Na função de seleccionador nacional, a equipa por si comandada conquistou o vice campeonato da Cosafa e conseguiu uma qualificação para o CHAN.

Foi precisamente para narrar fragmentos da sua história, que um encontro foi marcado com o jornal domingo. Aconteceu, quinta-feira finda, no Estádio da Machava. Coube espaço para Chissano fazer algumas apreciações à postura de alguns atletas da actualidade, ao defender que, “chegar ao profissionalismo exige muito trabalho, muita dedicação. Mas os jovens de hoje acham que se abdicarem de uma noitada, uma cerveja, perdem muita coisa. Pelo contrário. Atrasam o seu sonho”. Nesta perspectiva, entende que o estágio do futebol seria outro “se os jogadores actuais tivessem muito mais profissionalismo, trabalhassem com rigor e dedicação, acreditassem no valor que têm e, acima de tudo, preservassem a maior máquina do seu sucesso, que é o seu corpo, poderíamos ter muito melhores resultados do que temos actualmente. Eu costumo dizer que a única coisa que sei que cai do céu é a chuva.” Leia mais…

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