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Tubarões reabilitam piscina do “Estrela Vermelha”

Por admin

• Arranque das obras condicionado pela autorização do Conselho Municipal

O Clube de Natação Tubarões de Maputo já tem tudo “au point” para iniciar as obras de reabilitação da piscina da Escola Secundária Estrela Vermelha, faltando apenas a autorização do Conselho Municipal de Maputo.

A piscina, actualmente com 33 metros, será repartida por uma de 25 metros para competição, e um tanque de oito metros para aprendizagem, aquecimento ou descompressão.

A intervenção vai incidir no revestimento da infra-estrutura, canalização e construção duma casa de máquinas (filtros e bombas).

Também está prevista a construção de raiz de edifícios para serviços administrativos, nomeadamente sala para técnicos, secretaria, sala de reuniões, centro social e uma loja de venda de material desportivo, para além de construção de duas bancadas para acolher competições oficiais de piscina curta.

De acordo com o projecto, a piscina terá oito pistas, o que permitirá a realização de competições internacionais sob égide da Confederação Africana de Natação – CANA.

Actualmente, Moçambique só pode acolher provas internacionais de piscina longa (50 metros) no parque desportivo do Zimpeto e na cidade da Beira, onde existem piscinas olímpicas.

A única piscina de 25 metros na Cidade de Maputo é Raimundo Franisse, a qual, tem a desvantagem de possuir sete pistas, portanto, não recomendada para as provas pontuáveis na Federação Internacional de Natação, dado que as finais em provas oficiais devem ter oito nadadores.

Frederico dos Santos, director técnico do Clube de Natação Tubarões de Maputo, explicou que aquela colectividade está apostada em reabrir aquela piscina no primeiro semestre do próximo ano.

– Estamos apostados neste projecto porque acreditamos que iremos fazer um serviço de utilidade pública. Queremos transformar aquele local num pólo de desenvolvimento da natação, quer ao nível do clube, quer ao nível da Cidade de Maputo, o que vai gerar ganhos para a modalidade em todo país.

Sem adiantar os custos da empreitada, aquele técnico apresentou-nos as plantas topográficas do projecto já submetidas à Direcção de Construção e Urbanização da Cidade de Maputo e manifestou confiança numa aprovação breve.

– Neste momento temos financiamento assegurado para a obra e estamos somente à espera da licença a ser emitida pelo Conselho Municipal, onde o processo foi submetido em 2013 e este ano reencaminhado após correções orientadas pelo Município.

Frederico dos Santos disse que o processo está a ser totalmente coordenado com a direcção da escola, até porque a documentação submetida tinha obrigatoriamente que ser assinada pelos responsáveis daquela unidade de ensino.

– Queremos mobilizar para aquele recinto um conjunto de utentes para a prática da modalidade, até porque nos custa assistir impávidos e serenos um património daquela dimensão abandonado.

Arranque da época demolidor

Demolidor é como se pode qualificar o arranque da época dos Tubarões de Maputo, deixando um sério aviso à concorrência, mormente aos Golfinhos, papa-títulos da última década.

Depois de vencer o Torneio de Abertura em masculinos, femininos e absolutos, os Tubarões repetiram o êxito no Torneio de Longas Distâncias e vem aí a Taça Maputo.

Na competição disputada além-fronteiras, Mpumalanga Sprint, África do Sul, os Tubarões foram o melhor clube moçambicano, classificando-se em segundo lugar, a seguir ao clube anfitrião.

Queremos nos manter no pódio e creio que não vamos dar hipóteses aos adversários na prova que se segue, a Taça Maputo, que somos detentores do título– anotou Frederico dos Santos.

A confiança do treinador é sustentada no facto do clube ter equilibrado a sua equipa principal em ambos sexos, com os regressos à competição da rapidíssima Jéssica Stagno, e recuperação da debutante Jéssica Francisco (ex-Ferroviário), para além do recrutamento de Gisela Cossa (ex-Golfinhos).

Com estas atletas temos praticamente a estafeta da selecção nacional, uma vez contarmos com Jannat Bique– observa o técnico.

Acrescenta que “prova disso é que na primeira aparição desta estafeta, ainda em pré-época, batemos o recorde nacional absoluto de 4X200 livres”.

De resto, Frederico dos Santos não tem dúvidas em afirmar que os Tubarões foram o clube moçambicano que mais cresceu nos últimos quatro anos fruto dum trabalho intenso e rigoroso.

– Vamos também dar mérito do nosso crescimento a Gilberto Mendes, antigo presidente da federação, porque foi durante o seu mandato que registamos este crescimento, sinal de que contribuiu bastante para isso.

Custódio Mugabe

 

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