Dirigentes, técnicos e atletas do futebol feminino estão surpreendidos e revoltados com a suspensão de qualquer participação internacional das selecções nacionais de futebol deliberada pela direcção da Federação Moçambicana de Futebol (FMF). Acusam o elenco de Feizal Sidat de ignorar totalmente o quotidiano do sector.
Reunida recentemente em sessão ordinária, a direcção da FMF deliberou não mais inscrever as selecções nacionais do futebol feminino em provas internacionais por um período de dois anos.
O fundamento da decisão reside no facto de, nos últimos anos, Moçambique ter saído humilhado em eliminatórias qualificativas aos campeonatos do Mundo, Africano e até regionais.
Segundo argumento do presidente da FMF, Feizal Sidat, o país precisa de dois anos para se reorganizar e depois regressar à competição com maior musculação.
No entanto, a deliberação do órgão reitor do futebol nacional colheu de surpresa os actores ligados à modalidade, os quais comungam que o futebol feminino até está a evoluir, mesmo abandonado pela própria direcção da federação.
Acusam ainda o presidente da FMF de não ser democrata, atestando essa qualificação na decisão tomada na sala de reuniões da FMF sem auscultação de outros actores envolvidos.
Importa referir que a FMF, segundo Feizal Sidat, já comunicou à CAF e FIFA para não contar com Moçambique nos próximos dois anos em provas oficiais.
Falta saber, por parte dos atletas, que destino será dado às verbas doadas pela própria FIFA para fomentar o desenvolvimento do futebol feminino.
Custódio Mugabe
