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Parente pobre e vulnerável

Por admin

Alguns clubes já se aperceberam que “é mais rentável” investir no árbitro do que no treinamento da equipa. Os espectadores andam atentos e daí o facto de o conjunto de contestações no 

Moçambola  e nos provinciais subir de tom a cada jornada.

Já ninguém acredita que errar é humano, pois acham que errar resulta de um serviço para o… mano!

Desde logo, nas campanhas para a eleição de uma nova Federação, a arbitragem ocupa um lugar que não vai abandonar ao longo do mandato do eleito: o de parente pobre. Os candidatos, em regra, possuem baixa escolaridade e condição social, vendo o apito como um meio de sobrevivência. Os cursos, quando acontecem, têm que ser patrocinados de fora. Nas deslocações, os exíguos “pocket-money´s” colocam os juízes na “boleia” de quem quiser ajudar.

Prémio Ou Salário?

A arbitragem, em regra é um sector em auto-gestão. Árbitros no activo ou recém-retirados (do refresco?), passam para a Direcção, transportando consigo os vícios de práticas recentes.

Não se pode nem se deve generalizar, mas é um facto que muitos juízes estão na arbitragem por uma questão de garantirem o seu sustento e o da sua família. Não recebem um prémio de jogo, mas um salário que até permite uns “extras”. Nalgumas províncias, dizem-nos, em sacos de arroz e/ou frangos congelados.

Só assim se explica que o dito prémio de jogo tenha que ser pago ao intervalo, pois caso contrário não se apita a segunda parte.

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