Nigéria e Costa do Marfim protagonizam a partir das 17:00 horas, o duelo entre dois favoritos à conquista do Campeonato Africano das Nações (CAN)
em disputa na África do Sul. Às 20:30 horas, entram em campo as selecções nacionais do Togo e Burkina Faso para encerrar os quartos-de-finais.
O encontro entre Costa do Marfim e Nigéria será seguido com singular atenção, depois da produção conseguida na primeira fase pelas duas formações.
A Costa do Marfim foi de resto implacável, derrotando Tunísia (3-0) e Togo (2-1), cedendo um empate na derradeira jornada frente a Argélia a dois golos.
Por outro lado, a Nigéria demonstrou estar em recuperação depois de anos com pouco fulgor, empatando com Burkina Faso e Zâmbia (1-1) e batendo Etiópia no desafio decisivo por 2-0.
Sobre o desafio, o capitão da Costa do Marfim. Didier Drogba, afirmou esperar ganhar o troféu este ano. “Eu realmente espero que possamos vencer o torneio desta vez”, afirmou o goleador.
“Tem sido uma longa espera para nós, e seria importantíssimo se pudéssemos ganhar”, disse Drogba, após o último jogo da fase de grupos,
Para ele, um atento observador do jogo contra Argélia demonstrou duas coisas. “Primeiro, pagaremos caro se deixarmos de nos esforçar”, advertiu. “E segundo, quando decidimos ir para cima, mostrando determinação, vimos que há qualidade na equipe. Espero que tenhamos aprendido estas lições”.
Sobre o desafio de hoje, Droga perspectiva dificuldades. “Será um jogo difícil, contra uma selecção que também pretende ir longe no torneio”, projectou o artilheiro. “A Nigéria é uma selecção muito forte, com um futebol muito físico”.
Drogba reencontrará o ex-companheiro de clube Jon Obi Mikel. “Será difícil e duro, todos sabem o quanto ele (Mikel) é bom e o que ele fez pelo Chelsea na final da Liga dos Campeões, como um dos melhores jogadores daquela partida”, recordou o marfinense. “Mas agora eu jogarei contra ele. Nós vamos rir antes da partida. Durante o jogo será dureza, mas aí vamos rir de novo após o apito final, pois somos bons amigos. Ele é um irmão para mim.”
Relativamente ao último desafio dos quartos-de-final, há que sublinhar o efeito surpresa das selecções intervenientes. Quer o Togo, quer Burkina Faso, tem praticado um futebol que surpreendeu adversários melhor cotados, casos da campeã Zâmbia e Tunísia.
Pela primeira vez nos quartos-de-final, o Togo, superiormente comandado por Adebayor, demonstra equilíbrio nos três sectores e sabe jogar com bola ou sem ela, sendo esta uma das suas principais armas.
Os burkinabes manifestam-se felizes por atingir esta fase, mas o apuramento no “grupo de morte”, à custa da Zãmbia, criou outros apetites e fez emergir um ambiente de confiança para os próximos jogos.
O Burkina Faso é de resto o conjunto que protagonizou a maior goleada da competição até ao momento, batendo sem apelo nem agravo a Etiópia por um concludente 4-0.
As partidas das meias-finais estão marcadas para a próxima quarta-feira, com o vencedor do jogo entre África do Sul e Malí a bater-se com Gana ou Cabo Verde, e o vencedor do encontro Costa do Marfim – Nigéria a decidir o apuramento para a final com Togo ou Burkina Faso.