Técnicos e jogadores da Selecção Nacional de Futebol de Praia estão confiantes num bom desempenho frente à sua congénere de Madagáscar no único desafio de apuramento à fase final do Campeonato Africano da modalidade agendado para Novembro próximo.
Na areia da praia da Costa do Sol, em Maputo, o entusiasmo do seleccionador nacional, Pascoal Loforte, e dos atletas convocados é difícil de se esconder. A equipa moçambicana vai defrontar apenas o campeão em título, Madagáscar, durante a fase de eliminatória, nos dias 28 de Agosto e 18 de Setembro.
Não haverá jogos de controlo com equipas doutros países, os atletas serão experimentados internamente. “Vamos treinar com algumas equipas da cidade de Maputo para nos testarmos. Não vamos viajar, as condições financeiras não o permitem”.
Loforte tem uma meta“ambiciosa” por alcançar: “Queremos chegar ao Mundial, esse é o nosso objectivo, para tal queremos o segundo lugar no campeonato africano, que dá acesso directo ao Mundial”.
Os treinos começaram em Julho passado com um total de 25 atletas. Actualmente, correm na praia da Costa do Sol 20 jogadores, dos quais serão seleccionados 16.
O modelo para a escolha, como explica, é o rendimento de cada um. Loforte reconhece a pujança do seu adversário, embora Moçambique nunca tenha defrontado aquela equipa. “Nunca ouvimos falar do futebol de praia deles, normalmente defrontamos e conhecemos equipas como Nigéria, África do Sul, Costa do Marfim, Senegal ou Marrocos”.
Ao nível psicológico, o técnico diz que a equipa está preparada, sendo que se incute nos jogadores o espírito de vitória. Nenhum dos pré-convocados joga fora de Maputo, tendo sido seleccionados com base na sua prestação na Copa 2M do ano transacto.
Entretanto, Loforte reclama as condições do campo: “São deficitárias. Precisamos de vedação, daqui a nada haverá jogos. É necessário nivelar-se o campo, e a federação já nos prometeu fazê-lo”.
Os atletas estão confiantes. Barca, capitão da selecção, conta que, apesar dos treinos terem começado tarde, estão no bom ritmo e as expectativas são positivas. Os jogadores estão focados em eliminar o Madagáscar.
Já o atacante da equipa, Fádio Ainadine, disse que é necessário pensar etapa por etapa. “O Madagáscar não é uma selecção impossível”.