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MEMÓRIA – COSTA DO SOL-BILIMA: O perigoso Mayélé

Por Idnórcio Muchanga

Depois da eliminação do Desportivo e Maxaquene na primeira aparição de Moçambique nas Afrotaças, em 1979, chegou a vez do Costa do Sol e o Palmeiras da Beira serem “baptizados” nas competições internacionais, no ano seguinte.

“Atravessou” o caminho do Costa do Sol o Bilima do antigo Zaire, hoje República Democrática do Congo, enquanto o Mathlama do Lesoto, que eliminara o Desportivo na época anterior, defrontou o Palmeiras.

Escusado é dizer que não havia nenhum conhecimento sobre os adversários estrangeiros naquele tempo. Portanto, tanto o Costa do Sol como o Bilima entravam para aquele jogo às cegas.

Houve até um episódio caricato, antes do jogo que teve lugar no Estádio da Machava, no qual o representante do então Zaire chegou ao campo do Costa do Sol para treinar e o técnico Martinho de Almeida, que trabalhava com a sua equipa no momento, apercebendo-se da presença do adversário nas bancadas, interrompeu o treino, sob princípio de não “vender o ouro ao bandido”.

Havia nas hostes “canarinhas” a imagem de uma equipa de um país que tinha participado no Mundial de 1974, na Alemanha, e que, apesar dos resultados menos conseguidos, sobretudo a humilhante goleada sofrida diante da antiga Checoslováquia (hoje República Checa), por 9-0, conferiam respeitabilidade.

A mensagem que foi passada aos jogadores moçambicanos é que se devia assumir uma postura defensiva, não obstante ter na equipa elementos bastante habilidosos como Sergito, Ramos, Caldeira, Nito, Artur Semedo, Luís, Gil, sobretudo estes, mesmo jogando em casa. Leia mais…

Texto de Joca Estêvão

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