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Jogadores do Estrela Vermelha apinhados e sem salários

Por admin

 

Alguns jogadores do Clube Estrela Vermelha da Beira, um dos participantes do Moçambola 2013, dizem estar a passar por sérias dificuldades. Desde que foram recrutados doutros clubes, há cerca de

 cinco meses, nunca tiveram salários, com a direcção a prometer sempre para amanhã.

 

Os atletas não se alimentam adequadamente. Quinze deles estão alojados na Messe da Policia da República de Moçambique, cujas condições não são das melhores.

“Isto não é ser jogador de alta competição que experimenta o profissionalismo. Eu e alguns colegas estamos há quatro meses sem salário. É nos prometido sempre para o dia seguinte. Vivemos numa Pensão que os próprios dirigentes não ousariam passar uma noite. O que comemos come qualquer pobre sem emprego nem abrigo”, contam os atletas.

Os jogadores vão mais longe afirmando que o Clube como Estrela Vermelha da Beira nunca podia fazer parte de um campeonato de maior dimensão como é o Moçambola, “porque não tem mínimas condições para atender um jogador que vive de futebol”.

Quisemos saber se o treinador era melhor atendido que os jogadores, tendo a nossa fonte preferido dizer “todos os nossos clubes têm a mania de tratar bem aos treinadores e mal aos jogadores. Têm muito medo dos treinadores, porque estes facialmente os denunciam.”

O nosso jornal confrontou a direcção do clube com as reclamações dos atletas. O vice-presidente para alta competição, Joaquim Gomacha, disse que “ temos conhecimento que temos jogadores com salários em atraso. Todos eles comem todos os dias. Pode ser que por vezes as pessoas falam no meio de nervos”.

Adiantou que “duas vezes houve falha de aquisição de géneros alimentícios e não houve refeição. Ontem (2 de Maio) houve atraso no levantamento de dinheiro para compra de alimentos, mas não faltou refeição, porque levamos os jogadores para um restaurante”.

Quanto ao alojamento na Messe da Polícia, Gomacha disse que a direcção do clube não assume culpa por aquilo que os jogadores reclamam, baixa qualidade de atendimento, balneário longe de certos quartos e em estado lamentável de limpeza, para além da zona ser frequentada 24 horas por prostitutas, que encontram no bar da Messe o local de descanso e de engate, até dos próprios jogadores.

“Quanto às condições do lugar de alojamento, a justificação não deve ser da direcção. Com a nossa capacidade financeira só dava para alugar quartos daquele sítio. Se alguém tem de carregar balde de água de um lado para outro é no âmbito do funcionamento da pensão”, referiu Gomacha.

Mas Joaquim Gumacha sossega aos jogadores sofredores que ao longo da semana que hoje inicia vão passar para “uma casa já localizada e negociada. Até porque a pensão sai-nos cara.”

 A terminar, Gomacha só confirmou a existência de um mês de atraso no pagamento de salários, que é o passado.

“Só estamos a dever salário do mês passado que já vai ser pago”, garantiu o vice-presidente.

 

 

Ferroviário defronta líder no Songo

 

O líder do Campeonato, HCB do Songo, recebe hoje em Tete o Ferroviário de Maputo, em partida pontuável para a sétima jornada do “Moçambola”.

Com 13 pontos, a formação do Songo demonstra estofo para seguir em frente, mas há que considerar que hoje terá uma missão complicada, pois os “locomotivas” estão a precisar urgentemente de pontos para recuperar as posições partidas.

O desafio assinala o reencontro de Víctor Urbano com seus antigos pupilos. O Ferroviário é 12º classificado com sete pontos, contra os 13 do adversário.

Vai apitar o desafio o árbitro Estevão Matsinhe, assistido por Amisse Djuma, Carlos Manuel e César Colar (quarto árbitro).

No campo do Macthedje, na Machava, os “militares” vão procurar pontuar pela primeira vez frente ao campeão Maxaquene, a rubricar um campeonato regular.

O conjunto de Arnaldo Salvado vai actuar num terreno que bem conhece, sendo esse um factor que pode desequilibrar a balança a seu favor. O Maxaquene é segundo classificado com 12 pontos.

Felisberto Timane vai apitar o desafio, e será assistido por Ivo Muiambo, Carlos Guambe e Adolfo Chitache.

No Estádio 25 de Junho, em Nampula, o Desportivo de Nacala vai enfrentar Chingale de Tete, num cruzamento entre dois conjuntos com bom desempenho no campeonato.

Por isso, há que esperar um bom espectáculo de ambas formações. O árbitro do jogo será Samuel Chirindza, a ser coadjuvado por Arsénio Marrengula, Abibo Adinane e Dionísio Dongaze (quarto árbitro).

No “Chiveve” cruzam-se dois emblemas locais: Têxtil de Púngoè e Ferroviário, com oito e sete pontos, respectivamente.

É sempre uma partida para arrastar milhares de espectadores ao campo do Ferroviário da Manga. Vai dirigir o desafio o árbitro Celestino Gimo, assistido por Gimo Patrício e Meque Machate, enquanto Afonso da Costa Xavier será quarto árbitro.

Chibuto FC (sete pontos) joga em casa com Ferroviário de Nampula (oito pontos). À partida, a turma de Víctor Pontes goza de vantagem para ultrapassar os nampulenses, os quais, tem denotado fragilidades sempre que actuam fora do seu burgo.

Esta partida será dirigida por Aureliano Mabote, assistido por Domingos Machava, Adão Tchucane e Mário Tembe (quarto árbitro).

 

Quatro jogos do Campeonato da Cidade

 

A segunda jornada do Campeonato de Futebol da Cidade de Maputo completa-se hoje com a realização de quatro desafios.

O Desportivo, vencedor na jornada inaugural,  defronta o Vulcano no campo do Zixaxa, este com um ponto, fruto do empate com Ferroviário das Mahotas.

No campo do Costa do Sol, a partir das 13 horas, Mahafil bate-se com Olympique. Ambas formações perderam na primeira jornada, havendo expectativa relativamente ao poderio do Mahafil, vice-campeão.

A segunda partida, no mesmo palco, vai colocar frente-a-frente Águias Especiais e Ferroviário das Mahotas, com um e três pontos, respectivamente.

O bairro do Chamanculo vai acolher o  quarto desafio da tarde, opondo Cape Cape e Nova Aliança, ainda sem pontuar na prova.

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