A selecção do gana, apontada como favorita à conquista do Campeonato Africano das nações (CAN) em disputa desde ontem na África do Sul, estreia-se hoje diante
do RDCongo, em desafio do Grupo B. Noutra partida, o Mali vai bater-se com o Níger.
Campeões em 1963, 1965, 1978 e 1982, os “Estrelas Negras” chegaram às semifinais das últimas três edições do torneio e agora estão ansiosos para quebrar o tabu na África do Sul, onde concorrem com outros 15 adversários.
Asamoha Gyan, artilheiro do Gana, vai disputar o quarto CAN da sua carreira. Gyan tem um histórico de apenas cinco golos na competição, mas diz que o total de 28 tentos anotados em 60 partidas com o uniforme nacional é a melhor resposta aos seus detractores.
“As críticas não me incomodam, porque a minha média de golos na selecção é incrível”, declarou recentemente. “É natural que as pessoas esperem golos de um atacante, mas nem sempre é possível.”
Hoje com 27 anos, Gyan ainda não havia nascido quando Gana conquistou pela última vez um título de expressão com a sua selecção principal, mas garante haver um clima positivo no grupo, que, pelas campanhas recentes, tem motivos para estar optimista.
Para amanhã, dia 21, estão programados os desafios Zâmbia – Etiópia e Nigéria – Burkina Faso, do Grupo C, para na terça-feira realizar-se a primeira jornada do Grupo D, com os confrontos Costa do Marfim – Togo e Tunísia – Argélia.
Sobre a Costa do Marfim, o avançado Didier Drogba reconheceu que 2013 marca a sua última participação no Campeonato da Nações Africanas.
«Não acho que é o fim da geração dourada. Como todos dizem esta será a minha última participação no CAN. Como sou capitão de equipa associam essa situação a todos os jogadores, mas outros vão jogar ainda mais três, quatro e cinco anos. É o fim para mim, mas esta geração ainda pode ganhar», afirmou Drogba.
Sobre a Zâmbia, campeã em título, O seleccionador Hervé Renard acredita que os campeões africanos estão melhores do que há um ano e bem preparados para defender o título na África do Sul.
«Creio que estamos melhores do que há um ano na mesma altura. Então, estava muito, muito preocupado, todos os nossos jogos de preparação tinham sido pobres. Mas recordem-se o que então aconteceu: nada tínhamos a provar e vencemos o torneio. Tenho sorte de ter esta equipa», elogiou o treinador francês, cuja confiança não é abalada pelo conjunto de jogos de preparação menos conseguidos — derrotas diante de Angola (0-2), Arábia Saudita (1-2) e Tanzânia (0-1)e empates com Marrocos (0-0) e Noruega (0-0).
Renard reconhece que a sua equipa tem de ser vista como candidata ao triunfo mas rejeita o estatuto de favorito.
«Não podemos nos esconder, afinal somos os campeões em título. Agora, não podemos dizer que somos favoritos, toda a gente se ria se o disséssemos. A Costa do Marfim e o Gana é que são os favoritos», afirmou.