Dinheiro doado pela Federação Internacional de Atletismo (IAF), destinado à formação de técnicos para as camadas de formação e outras actividades que visem ao desenvolvimento da modalidade no país, pode estar na origem da discórdia entre o presidente da Federação Moçambicana de Atletismo (FMA), Shafee Sidat, e alguns dos seus subordinados, que o querem fora daquela organização.
Recebidos os dólares começaram a surgir murmúrios quanto ao seu destino. Shafee para não fugir ao destino definido pela IAAF terá agendado para a cidade de Nampula um curso de formação de cinquenta técnicos que ficariam hospedados numa unidade hoteleira da família Sidat, sem prejuízos financeiros federativos.
Previa-se que a formação fosse de topo e que garantiria boa base técnica de lapidação de talento em todas as províncias. Mas esse curso ainda não tem data de inicio porque a FMA não se arrisca fazer deslocar, via terrestre, os beneficiários de todas as províncias para Nampula, devido a tensão político-militar prevalecente na zona centro do país.
Não estando para breve a realização desse curso, alguns colaboradores de Shafee Sidat gostariam que o dinheiro fosse gasto em outras actividades.
Porém, Sidat não valida essa pretensão de desvio dos dólares destinados ao desenvolvimento do atletismo em Moçambique, razão pela qual se começou a evocar a incompatibilidade de ele exercer as funções de Agente FIFA e presidente da FMA, em simultâneo, uma verdade omitida na Assembleia- geral de 25 de Fevereiro de 2013, até pelo próprio Conselho Nacional do Desporto CND.