Texto de Manuel Meque
O projecto de Mini Basquete Millennium Bim já completou dez anos, facto distinguindo no encerramento do 10º Torneio, no dia 18 de Julho de 2015, nas instalações do Clube Ferroviário de Maputo, na baixa da capital do país.
Este evento visa essencialmente dinamizar a prática do desporto nas camadas mais jovens. Na capital do país o torneio de 2015 envolveu 16 equipas masculinas e 14 femininas, com idades compreendidas entre os 6 (seis) e os 11 anos.
A comemoração dos 10 anos do Mini basquete Millennium Bim foi honrada com as presenças da Governadora da Cidade de Maputo, Yolanda Cintura, e dos ministros da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, e da Juventude e Desporto, Alberto Ntukumula.
Estiveram presentes igualmente o director geral do Instituto Nacional do Desporto (INADE), António Munguambe, directora da Juventude e Desporto da Cidade de Maputo, Ornília Machel e os responsáveis do Banco Millennium Bim, que festeja vinte anos de existência.
No fim houve o que a miudagem tanto esperava, prémios. Cada criança saiu do local com uma pasta contendo kit de material desportivo. De seguida houve lanche.
Ontem, sábado, dia 25 de Julho, foi dia de encerramento dos torneios provinciais. Consoante o ano de abrangência, a cidade de Xai-xai celebrou 5º aniversário, Matola 3º, Quelimane 7º, Tete 6º, Nampula 8º, Beira 9º, Chimoio 4º e Nacala 3º aniversário. No total, este ano foram abrangidas 1750 crianças, oriundas das escolas, clubes, núcleos e bairros.
O torneio Mini Basquete Millennium Bim realiza-se no âmbito do programa de responsabilidade social “Mais Moçambique pata Mim” do Banco Millennium Bim, em parceria com o Clube Ferroviário de Maputo e o Comité Nacional de Mini basquete da Federação Moçambicana de Basquetebol. Nos 10 anos movimentou 12.732 crianças.
Estamos a formar
o que o desporto precisa
– Nuno Vaz, administrado do Millennium Bim,
Nuno Vaz, administrador do Millennium Bim, no seu discurso de encerramento sublinhou ser “uma honra” saber que entre as cerca de 13.000 crianças abrangidas pelo projecto nos dez anos “estão alguns dos maiores craques nacionais que têm honrado a bandeira de Moçambique nas selecções de sub-16 e 18.”
O projecto forma também “monitores e equipas técnicas, bem como para o melhoramento de recintos desportivos”.
Nuno Vaz reconheceu que para a efectivação do torneio, o Millennium Bim conta com o apoio de atletas, pais e encarregados de Educação, monitores, árbitros, treinadores, Clube Ferroviário de Maputo, a Federação Moçambicana de Basquetebol, através do Comité Moçambicano de Mini Basquete e a Seguradora Ímpar, ao que disse “obrigado a todos.”
Não há certeza quanto ao alargamento do torneio no próximo ano, mas para o banco “era maravilhoso se em 2016 pudéssemos continuar a alargar o projecto”.
Para além do factor formação, o banco procura com este projecto “a transmissão de valores e princípio estruturantes para o crescimento das crianças”, claro, através da prática desportiva.
Quero ser Presidente da República
– Guandia Monteiro, atleta
No meio de tantas crianças, das quais o país espera obter estrelas de basquetebol, há quem não se distrai do seu principal sonho, que ascende o desporto.
Espantou-nos ouvir de um petiz de segunda classe frequentado no Colégio Nhamunda a dizer com toda seriedade que estuda para ser presidente, não de clube, associação ou de futebol, mas da República, cargo actualmente ocupado por Filipe Jacinto Nyusi. Chama-se Guandia Monteiro.
Faço parte do mini – basquete desde Janeiro deste ano. Estou a gostar. Vou continuar no basquete até atingir o nível dos jogadores da NBA, isto era o que separávamos ouvir dele ou doutra criança. Seu pai, Jhon Monteiro, foi basquetebolista.
A seguir perguntamos a Guandia Monteiro o que gostaria de ser quando for adulto, com os estudos já concluídos.
Longe do nosso imaginário, o miúdo, com sinais evidentes de ser de estatura baixa, muito sério e calmo, respondeu categoricamente assim: Quero ser Presidente da República. Estou a estudar para isso.
