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Árbitros aptos para o “Moçambola”

Por admin

Um total de 35 árbitros de categoria nacional beneficiou de formação relativa a alterações das leis dos jogos introduzidas pela FIFA em Junho do ano passado e que passarão a vigorar a partir deste ano no “Moçambola”.

Tratou-se duma capacitação que abrangeu também seis instrutores nacionais, cuja missão é replicar os conhecimentos nas associações de futebol e clubes.

O presidente da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF), Acácio Victor, disse que os árbitros foram também submetidos a testes físicos e receberam as novas metodologias de treinamento.

Foi uma actualização de aspectos técnicos de movimentação no terreno do jogo e como lidar com as diversas situações com o público, bancos técnicos e com os jogadores”, sumarizou.

Acácio Victor disse esperar que a formação melhore o desempenho dos árbitros, sobretudo no acompanhamento da própria prova e referiu que a CNAF está devidamente preparada para difundir as informações relevantes. “O Moçambola vai ter a felicidade de ser dirigido por árbitros aptos física e tecnicamente”, anotou.

SIMANGO JR. EXIGE MAIOR RESPONSABILIDADE

Alberto Simango Jr., presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), dirigiu sexta-feira passada a cerimónia de encerramento do curso de árbitros e instrutores FIFA, tendo encorajado os juízes a continuarem empenhados na sua evolução.

Referiu que ser árbitro de futebol é difícil porque as decisões são instantâneas e merecem comentários duma plateia alargada. Todavia, indicou que se essas decisões forem tomadas no quadro dos regulamentos, todos agentes do futebol sairão a ganhar, desde os árbitros, treinadores, atletas, adeptos aos clubes.

Observou que é importante que o árbitro seja uma pessoa íntegra e que aplique de forma correcta as regras do jogo. “Acredito que saem daqui com conhecimentos que podem disseminar para outros, sobretudo porque todo o país esteve representado neste curso e isso nos alegra, porque é sinal de que querem efectivamente enfrentar este desafio de melhorar o nosso futebol”.

Tal como referiu, não basta apenas exigir aos árbitros, é necessário trabalhar na criação de condições para que não passem por dificuldades primárias, sobretudo quando viajam. “Precisamos de trabalhar todos para facilitar o trabalho dos árbitros. Temos de encontrar uma solução que minimize as dificuldades dos árbitros no seu trabalho, e aí as exigências serão altas”.

Os árbitros devem assumir a sua responsabilidade de dirigir o jogo de futebol com isenção e transparência. Queremos que este ano se fale mais dos jogadores, treinadores, adeptos e não dos árbitros. Sabemos que esta área é sensível porque os árbitros estão expostos a tentativas de corrupção para que apitem a favor deste ou daquele sem cumprir com as regras do jogo. Isto tem de acabar.

O presidente da FMF colocou aos árbitros o desafio de Moçambique fazer-se representar por árbitros centrais e mais assistentes nas próximas provas continentais, nomeadamente o CHAN 2018 e o CAN 2019. O árbitro assistente Arsénio Marrengula é o único que representa o país no CAN que decorre no Gabão.

Alberto Simango Jr. defende que Moçambique deve ter mais árbitros nos grandes palcos mundiais e isso exige sacrifícios, o que é natural, porque a carreira de árbitro de futebol é de prestígio.

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