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Acabar com a descontinuidade da evolução dos nossos atletas

Por admin

O Presidente da República, Filipe Nyusi, recomendou ontem, em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, aos desportistas nacionais para a partir do festival iniciado ontem descobrirem o ponto de descontinuidade de evolução dos atletas nacionais, que esta a afectar os resultados de Moçambique além-fronteiras.

O estadista moçambicano falava perante uma plateia estimada em cinco mil pessoas, que lotava o Estádio Municipal de Pemba, palco que acolheu a cerimónia de abertura do XII Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares.

– Volvidos 40 anos da nossa existência como nação, temos pouco tempo para tudo fazer, com vista a descobrir o ponto de descontinuidade da evolução dos atletas que o país produz todos os anos, provenientes de diferentes pontos de Moçambique, através dos festivais dos jogos desportivos escolares e outras iniciativas de parceiros, que não permite melhores resultados.

Filipe Nyusi acentuou que interessa ao Governo que o festival de Cabo Delgado seja o ponto de partida para uma melhor abordagem do que o pais faz com tantos talentos que despontam.

– Teremos que descobrir o mais rapidamente possível a razão por que a jusante nos contradiz com a qualidade dos resultados que apresentamos, quando já adultos somos chamados a representar a nação, no conjunto de outras nações da região e do mundo.

Observou que “temos que descobrir a falha que faz com que corredores dos planaltos de Manica, Lichinga ou de Mueda e outras regiões geográficas que nos habituaram a trazer jovens para o atletismo, só os produz para o nível de iniciados ou juvenis, depois do que desaparecem do mapa desportivo da província ou da nação”.

O Presidente da Republica disse mesmo que é necessária uma explicação para o facto de as selecções nacionais, em quase todas as modalidades, serem feitas com base em atletas alistados ao acaso e não como fruto de um acompanhamento competente e sistemático. 

MOÇAMBIQUE UNIDO

O Presidente da República disse que é intenção do Governo transformar os Jogos Escolares numa autêntica estufa de plantas melhoradas para ocuparem o viveiro do desporto nacional, que clama por mais qualidade e melhor competitividade.

Destacou o facto de ter encontrado em Pemba “uma juventude vigorosa, que sonha apenas, e só apenas, um Moçambique, do Rovuma ao Maputo. Um país não retalhado, assim como se apresenta neste estádio, um País em Paz”. Tal como referiu o Chefe do Estado, o festival é um verdadeiro espaço de convivência e de promoção de valores atléticos e culturais entre todos os moçambicanos.

– Desde a primeira edição, em 1978, os Festivais Nacionais dos Jogos Escolares não são somente a montra e o clímax do desporto escolar como também a demonstração de que, efectivamente, temos uma juventude talentosa e capaz de oferecer as alegrias que os moçambicanos sempre anseiam.

No entender do Chefe do Estado, o desporto na escola, desde o nível primário ao superior, deve ser uma actividade permanente. O jovem estudante deve encontrar na escola o seu clube desportivo, tal como encontra em clubes federados.

Filipe Nyusi defende uma maior ligação e interacção entre as escolas e os clubes federados para um melhor aproveitamento dos talentos que despontam em vários pontos do pais,

– Sem esgotar o debate que se deve abrir, sobre o aproveitamento da matéria-prima que os festivais fornecem à sociedade, nos parece que o casamento escola-clube federado, seria uma opção para o encaminhamento dos talentos que o desporto escolar produz o que representaria uma grande motivação para a juventude vitoriosa e  saudável.

Disse ainda acreditar que do festival que decorre em Cabo Delgado sairão jovens que num futuro muito breve envergarão a camisola da selecção nacional de diferentes modalidades.

Porem, é necessário que esses jovens se empenhem e encontrem no Governo, na sociedade e nos pais e encarregados de educação, a devida atenção, carinho e encaminhamento.

Temos a certeza que vocês representam uma simples amostra, do universo que sairão os campeões do amanhã. Mas a sociedade moçambicana quer que saiam também os campeões do patriotismo, da moçambicanidade, da paz, da solidariedade, da proactividade, da ética, da moral, da auto-estima e do orgulho de pertencerem a uma Nação que se orgulha da sua juventude. Os campeões da promoção do desenvolvimento e progresso.

Filipe Nyusi recomendou aos ministérios da Educação e Desenvolvimento Humano, e da Juventude e Desporto, para que daqui a dois ou quatro anos, apresentem a evolução de cada estudante participante deste festival, quer nas respectivas disciplinas desportivas quer a nível da sua própria integração escolar e social.

 

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