Repentinamente, há uma multiplicação de instituições públicas e privadas a contratarem estilistas, alfaiates e modistas para desenharem e tirarem medidas certas do vestuário recomendável para o acesso ao pátio ou determinados escritórios e gabinetes.
Para não ficar atrás, a Universidade Zambeze colou-se a essa carruagem e definiu o seu perfil de roupa adequada para ter acesso ao Campus Universitário, com o devido cuidado de indicar o vestuário para homens e mulheres e assim evitar, duma vez por todas, que alguns homens se vistam como mulheres, valendo na mesma medida o contrário.
Por isso, desde o dia 28 de Março passado já nenhum homem é permitido entrar na universidade com cabelos grandes (os centímetros ou metros ficaram por indicar), brincos, jeans rasgadas e por ai fora…
A lista de proibições para as mulheres é mais extensa e dá até a entender que o estilista Doutor está muito mais preocupado com elas do que propriamente com os rapazes.
É recomendável esconder o sutiã, deixar em casa as ceroulas, tecidos transparentes e brilhantes, roupa curta acima de joelhos e toda aquela que cola no corpo.
Bula-Bula quer associar-se a esta empreitada da Direcção dos Assuntos Comunitários da Universidade Zambeze e, sem querer lançar mais achas à fogueira, vai se questionando se será com actuações isoladas que se resolverá alguns apetites de indumentária nas sociedades urbanas do país?
É que há por ai casos de gente que transporta consigo o guarda-roupas todo e vai-se mudando ao jeito de quem controla à entrada de cada instituição para agradar as pessoas que a vão receber, sacrificando os seus gostos e prazeres.
Terá um comunicado o poder miraculoso de mudar essas mentes?
Se a receita da Universidade Zambeze se revelar eficaz, dava um jeito ser adoptada por gestores de cemitérios, hospitais, escolas, igrejas, bancos, chapas, jardins, cinemas e outros…
Ou será apenas caso de eleições para o povo seleccionar a moda?