As cidades vivem também das suas peculiaridades. Das suas gentes. Todas as cidades do mundo têm lugares ou edifícios que ultrapassam as fronteiras físicas desses mesmos lugares. São ícones. A Torre Eifel na França ou a Estátua da Liberdade nos EUA são exemplos. A grande Muralha da China ou as Pirâmides do Egipto são outros exemplos.
Nós também temos o nosso “Xikhelene” (Praça dos Combatentes). Ali resume-se em palavras bravas a forma de ser e estar de boa parte dos habitantes da nossa cidade capital. “Xikhelene” é um verdadeiro hino da balburdia. Da anarquia e de outras sandices.
Ali há um exército de vendedores de toda a sorte. Ocupam tudo. Passeios e até as faixas de rodagem… bem por estes dias não é tanto assim porque houve –por artes e berloques –uma campanha para demover a malta que vende um pouco de tudo nos passeios e estradas. Saíram mas Bula-Bula lembra-se de muitas outras campanhas similares que não deram em nada.
A Polícia fica ali alguns dias enquanto durarem as garrafinhas de água mineral depois raspa e a malta dos “dumba-nengueiros” volta a assentar arraiais. Cíclico. Já se fez isso ali no “Xikhelene” ou a “Guerra Popular”. A postura camarária leva sempre um ponta-pé na bunda e “catrapuz” cai de bruços.