Os fortes recomendam que não nos desesperemos até perante as mais penosas agruras da vida. Mas essa coisa de tirar força de onde ela não existe não é vocação para qualquer um. Tem que ter fé. Muita fé.
Ainda assim, Bula-bula não se deixa dominar por descrença, prefere manter o joelho dobrado mesmo que ralado de tanta frequência que vai ao chão. A ideia é mesmo aguardar pela vez na fila dos abençoados. Enquanto a sorte não chega, por que não reforçar as preces, ajuntando várias almas desesperadas. Cada uma que grite como pode, em função da dor que sente.
A verdade é que, a cada dia que passa, Bula-bula fica de coração apertado, ao notar que pelo tamanho da cruz que cada um carrega, a vida tem os seus escolhidos.
Senão vejamos: Dois municípios circunvizinhos na província de Maputo partilham o que já se pode chamar de estação de tratamento das águas negras, sem que na verdade tais águas sejam tratadas. E nesta de fazer julgamentos, há quem afirma que, na realidade, se trata de um rio com vários afluentes, cuja nascente não se sabe ao certo onde se localiza.
Mas, o estrago que causa é grande e atinge, inclusive, lugares tão sensíveis a ponto de envolver os habitantes do referido perímetro num círculo vicioso. Para preocupação da maioria, o problema está encostado no Hospital Geral da Machava; em padarias e outros estabelecimentos de venda de alimentos. O resto já se adivinha. O ser humano que por ali circula acaba por ser o veículo que transporta complicações de um lugar para o outro. A coisa está tão complicada, mas tão complicada que há quem decidiu abandonar a própria casa. Veja-se que até o dono da padaria, apesar de se satisfazer com o dim-dim entrando caixa adentro, se compadece com o sofrimento da sua clientela. Leia mais…