Vamos começar assim… alguém quer tramar o edil de Quelimane… o simpático e bon vivant do Manuel de Araújo! Só pode ser despeito mesmo. Dizer que o homem não está a cuidar da cidade que o viu nascer e que defende com unhas e dentes, só pode ser maldade da raça. Sim, maldade mesmo…
Até porque Quelimane deriva de trabalho… rezam as crónicas que quando chegou o colono naquela zona, encontrou gente a trabalhar a terra e procurou saber como é que se chamava a zona. O mais velho dos camponeses foi atende-lo e os outros trabalhadores espantados pararm de culimar. Eis que o mais velho disse para continuarem a trabalhar dizendo “Qhalimane, Qhalimane” o que em chuabo significa “cultivem”. O colono julgou que era uma resposta a sua pergunta e concluiu que aquela terra se chamava Quelimane como lhe soou ao ouvido.
Mas para o edil de Quelimane, cultivar (trabalhar) parece que deixou de ser prioridade. Agora é só viajar. Dizem as más-línguas (vai lá se saber como é quem têm estas informações) que Araújo já gastou 10 milhões de meticais só em viagens este ano na busca de parceiros para fazer desenvolver Quelimane.
As mesmas más-línguas (?) dizem que pediu reforço da verba para as deslocações. Acrescentam que a bancada do MDM já avisou que não vai deixar passar em branco o assunto. É muita mola gasta em viagens cujos resultados nem a lupa se conseguem ver. A cabala inclui dizer que quando o edil viaja, guarda em lugar seco e fresco os livros de cheques de tal sorte que, na sua ausência, ninguém pode fazer nada. Os administrativos entram em modo de férias automaticamente… atenção que isso é o que dizem!
Bula- bula ficou intrigado. Porquê tanta maldade contra um jovem dinâmico?
Então máquina a tiracolo, fez uma passeata pela cidade (vide fotos). Só pode ser maldade. Nem há tanto lixo assim para nos deixar preocupados. O tal lixo que mexeu até com a sensibilidade do Chefe de Estado, Filipe Nyusi, aquando da inauguração do novo hospital de Quelimane. O Presidente teria apelado, na ocasião, a observância das mais elementares regras de higiene. O Edil de Quelimane entendeu isso como parte da maquinação para o denegrir. Reagiu mandando uma indirecta ao Presidente Nyusi.
“Vamos trocar de lugar Senhor Presidente Filipe Nyusi; o Senhor governa Quelimane e faz a limpeza e eu fico no seu lugar (de Presidente da República) que devolvo a paz ao país em 4 meses”. Postou Araújo.
As grandes massas, segundo Adolfo Hitler, cairão mais facilmente numa grande mentira do que numa mentirinha.
Mas a coisa não caiu bem. Parece que o Edil de Quelimane anda muito sensível. Viu na intervenção do Presidente um ataque a sua pessoa. Só que ataque mesmo está escarrapachado no O Dia um jornal de circulação local que, na capa da edição do dia 03 de Novembro último, escreveu que o Edil Manuel de Araújo está a dever 4 milhões de meticais ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS. Ao que tudo leva a crer, desconta aos trabalhadores e não canaliza os valores ao INSS.
Ishh, como diria uma amiga de Bula Bula!
Ishh diz Bula bula.
Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida, ensinou Mahatma Gandi. Mas não parece ser o caso…aqui não há mentira nenhuma; a cidade de Quelimane está mergulhada num atol de lixo. As imagens que Bula bula mostra podiam ter sido sacadas em qualquer cidade moçambicana mas não; estas foram mesmo feitas na cidade de Quelimane… a mesma cidade onde foram construídas valas de drenagem que custaram milhares de dólares ao Estado mas que já não cumprem com a missão; criam mosquitos e certamente a cólera está a espreita para fazer a sua razia.
O cenário não é simpático. Cabala ou não a cidade de Quelimane está fétida. O lixo floresce em todo o lado… se calhar, como o próprio Araújo sugeriu, seria mais proveitoso tê-lo a negociar a paz para o país (parece que ele tem a fórmula). O apelo de Bula bula é de que o edil nos faça um favor a todos os moçambicanos e interceda para que nos devolvam a paz que está refém de uns e outros.
Agora sobre o lixo e dívidas ao INSS não vale a pena fazermos onda. Está tudo bem. Qualquer tentativa de falar sobre o assunto, só pode ser manobra para denegrir o jovem edil. Há muitas línguas afiadas prontas para destruir quem trabalha… por isso, vale a pena dizer que qualquer semelhança entre as fotos aqui anexas e a cidade de Quelimane é pura… pura… ahh… é pura verdade!