O cidadão Júlio Parruque, por estas alturas, deve estar a dormir o sono dos justos. E não por mero acaso. O Presidente da República, Filipe Nyusi, indicou-o para dirigir, nos próximos tempos, a província de Cabo Delgado. Bem… em relação ao sono dos justos já lá voltaremos – não podemos olvidar o facto de haver por lá muitas movimentações por causa do petróleo, gás, rubis, verdadeiros tesouros que atiçam a gula de qualquer vivente.
Mas "vuku-vukus" à parte, Bula- Bula não pode deixar de felicitar o novo governador de Cabo Delgado que, no rescaldo de duas semanas de muita tensão e muito falatório – afinal a província ficou duas semanas sem timoneiro, facto que deu azo a muitos comentários sobretudo nas redes sociais – chegou-se bem a frente de um pelotão (e que pelotão!) que sonhava com a quimera.
Na tomada de posse, o Presidente Nyusi disse, ao novo “king” de Cabo Delgado, algo que, com as devidas ressalvas, pode ter sido o móbil da algazarra que se viveu na antecâmara da indicação de Júlio Parruque: “a multiplicidade de interesses que coabitam naquele espaço geográfico vai exigir de si uma permanente conciliação de interesses quer dos investidores, quer da população local, como também dos vários grupos que tem interesses diferentes”.
