É! Devia ser preso mesmo. Ficar trancado a ver o sol aos quadradinhos. Nem seria preciso instaurar-lhe um processo-crime, constituir advogados, juízes e perder-se tempo com julgamentos. Era só emitir um mandado de captura, neutralizá-lo, e… pronto. Assunto fechado.
Sabe-se que ele tem feições humanas, mas se diferencia por carregar uns chifres, ter rabo pontiagudo e levar consigo um tridente na mão. Dizem também que tem uma cor avermelhada e quando sorri saem-lhe umas labaredas pela boca. Quem o vir por aí… já sabe.
Bula-bula entende que este indivíduo devia ser preso porque está a fazer bastante estrago na terra. Os homens querem fazer coisas boas e o patife fica por trás a sussurrar… ignore as normas. Vá por mim. Ignore as regras, elas te tornam um matreco. E os homens que não querem ser tratados como matrecos?! Obedecem.
A caçada ao Satanás devia ser promovida mais ou menos ao jeito do que foi feito com os ratos em Quelimane, nos tempos em que Pio Matos era presidente do conselho municipal. A memória confirmará que os munícipes da capital da Zambézia ganharam uns bons trocados com a captura de ratos vivos e mortos. E a cidade ficou interessante por um bom par de tempo.