A história crava factos inéditos e relega para a penumbra aquilo que considera refugo. A primeira viagem para a lua, por exemplo, está gravada para a eternidade. Agora a história tem de registar – em ferro, madeira ou na nuvem – a cena que nos chega de Tete.
Sim, de Tete; lá onde abunda carvão mineral e cabritos. Lá onde a Vale, empresa brasileira, está a desenvolver o seu trabalho na exploração de carvão mineral e, por conta disso, teve de “desterrar” centenas de pessoas para poder aceder ao mineral…
Mas vamos ao cerne da questão… nessa coisa de mover gente de um lado para o outro, a Vale encontrou um obstáculo de outro mundo; sim, do outro mundo. O mundo dos mortos…
E é aqui onde a história terá o papel de registar o fenómeno… os mortos lá em Tete têm um preço! É verdade. Custam uma pipa de massa. O ponto é que movendo os vivos a empresa vê-se na contingência de mover também os mortos e nessa coisa terá de abrir os cordões à bolsa e pagar avultadas indemnizações.
Sim… os mortos de Tete custam a módica quantia de 100.000,00MT!