Hoje é o último dia do ano 2017 e bula-bula cumpre a praxe de entregar os galardões às figuras que fizeram por merecer nas diferentes frentes do quotidiano colectivo dos moçambicanos. O prémio galaroz é distribuído apenas pelos cidadãos notáveis, aqueles que, em sua ausência, a nossa felicidade como Povo estaria seriamente comprometida.
O galaroz é um galo pimpão, crista em riste, quando canta fecha os olhos e bate asas! Promove a desordem por excelência e canta alto ao crepúsculo ou à madrugada.
Neste 2017 o colectivo do júri do bula-bula não teve argumentos dissonantes para eleger o Galaroz dos Galarozes, aquele que leva para casa o maior prémio do ano.
Manuel Tocova apresentou-se aos moçambicanos vestindo penas do MDM, ainda se chorava por todos os lados a morte indigna de Mahamudo Amurane. Confundiu toda cidade de Nampula com a sua capoeira e semeou a desordem, cantando sem parar que “posso, quero e mando”.
E mandou, até que lhe cortaram as asas e o bico, para, pouco tempo depois, ele próprio depenar-se com recurso a uma pistola e munições que guardara no seu baú melancólico.
Assenta-lhe, que nem uma luva, o Prémio Galaroz dos Galarozes!