Bula-bula também é um cidadão do mundo e nunca foi averso a lidar com realidades e culturas diferentes que, por vezes, chocam com a forma completamente elementar de viver. Por cá é: “deixa a vida me levar”, como cantou Zeca Pagodinho, naquele samba que, na verdade, nem é dele. É de autoria de Serginho Meriti e Eri do Cais, lançado em 2002 e que deixou o próprio Pagodinho estupefacto com a sua repercussão e sucesso.
Quem já experimentou cruzar a fronteira com a África do Sul sabe que não deve atirar nada ao chão. É como se os espíritos deste lado, que impelem para esse gesto, fugissem de quem sai de Moçambique. Daquele lado, ninguém sente tanta vontade de urinar, a ponto de encostar numa árvore, por exemplo. Nem pó!
Porém, deste lado, a malta toma uma geladinha, a caminhar pelas artérias da cidade, em grande estilo e, no final, atira a vasilha para o asfalto. Se ela quebra é golo. Se não… também não faz diferença. “está entregue”.
É comum comer todo o tipo de iguaria e atirar cascas, espinhas, ossadas, invólucros metálicos e vidrinos, guardanapos, sem que alguém, contrariado, ouse tugir ou mungir. “E daí! É meu dinheiro… se eu pago a taxa de lixo”. Leia mais…