“Uma sociedade que não controla os seus bandidos acaba sendo controlada por eles”. A frase tornou-se célebre na véspera do julgamento do “Caso BCM”, aquele intrincado processo judicial, que emergiu em 1996, sobre a primeira fraude milionária que o país conheceu. Foram-se 14 milhões de Dólares, que na época davam uns extraordinários 144 mil milhões (biliões) de Meticais.
Teodato Hunguana, na época deputado da Assembleia da República, enunciou a frase porque era enorme a sua indignação e não só. Na época, Bula-bula deu-lhe eco e outras tantas vozes da sociedade seguiram-lhes as peugadas. Era como se todos tivessem descoberto um rumo para drenarem a sua angústia.
Mudaram-se os tempo, mas no capítulo do crime, o ser humano parece cada vez mais destemido e pouco se importa com o que virá a seguir. É como se todos estivéssemos numa selva, sem rei, nem roque, como sói dizer-se.
Aliás, mesmo a propósito disso, alguns ensinamentos que se espalham por via da tradição oral (e também pelas redes sociais) mostram que se uma serpente se entala numa armadilha e alguém aproxima para a livrar da morte iminente, ela manterá os seus instintos de predador e vai atacar. É a natureza dela. Da cobra. Leia mais…
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