Há galos poderosos e mais poderosos, que, quando cantam, não só empinam a crista e batem asas, também assustam a concorrência no poleiro.
De tal sorte que, volvidos dois anos, voltam a merecer sem discussão o prémio Galaroz da Política.
Em ano eleitoral, com a voz nas matas de Santunjira, o porta-voz chamou a si o protagonismo da Renamo dos fatos e gravatas das avenidas de Maputo, tornando-se no rosto das hostilidades, abusando então do estatuto de Membro do Conselho do Estado.
Houve quem não lhe percebesse, tratando de lhe transferir para uma outra capoeira, obviamente com maior segurança e ração pouco familiar ao apetite da perdiz. Ali, os cantos passaram a ser em surdina.
No final, foi sintomático o registo dum Galaroz de megafone em punho pedindo votos para ajeitar o fato e gravata, de modo que em 2015 o canto soe mais alto e chegue mais longe. Parabéns ao sucessor do Galaroz-2013, Saimone Macuiane…