De tempos em tempos, os deputados da Assembleia da República aprovam programas quinquenais e anuais nos quais vem plasmada e sublinhada a necessidade de estimular a construção de infra-estrturas desportivas melhoradas.
No caso do futebol, um campo de futebol com relva sintética dava jeito e enriqueceria o Atlas Desportivo que está sobre a secretária do ministro Alberto Nkutumula.
Infelizmente não é bem assim. Não está fácil para a federação da bola pagar os direitos de importação da relva sintética à Autoridade Tributária. As autoridades deste sector, com o seu zelo (re)conhecido, dizem mesmo que, o material, seja doado ou não tem que ir a leilão em hasta pública senão forem pagos os devidos direitos. Assim, pode ser que a Alberto Simango Jr. vá comprar o mesmo material que a FIFA lhe doou porque foi arrestado para a hasta pública. Há apertos e dinheiro precisa-se.
Este é um assunto com barba branca, pois as organizações religiosas, humanitárias outras, já vieram a terreiro reclamar por causa deste tanto zelo mas debalde.
Se os deputados jogassem à bola em relva sintética provavelmente podiam imaginar leis para tratar estas situações, não só da bola, mas outros afins. É que as actuais normas parecem não estar atinados com a nossa realidade: pedes equipamento, doam-te, transportam para o teu país, mas não podes usá-lo porque está retido na fronteira (porto, aeroporto ou outra), porque não pagaste os direitos aduaneiros.
Se calhar, o mais fácil é pedir aos doadores destes materiais a passarem a juntar aos donativos os respectivos cheques de direitos aduaneiros!