Nós gostamos de inventar, sabe. Dá até vontade de rir para não chorar. Bula-bula já nem sabe distinguir entre realidade e ficção; é tanta coisa acontecendo em um espaço de tempo muito curto.
Sabemos que para uma comunicação formal existe uma linguagem apropriada, que é naturalmente diferente daquela que se usa nos copos ou na cavaqueira da esquina. Pior em tratando-se de documentos oficiais de uma instituição pública que deve, na humilde opinião de Bula-bula, ser exemplo em tudo o que faz. A não ser que se esteja na onda do “faça o que eu digo e não o que eu faço”.
Mas parece que não é esse o entendimento das autoridades da Educação do distrito de Jangamo, na província de Inhambane… não é que uma informação aos funcionários da Escola Secundária de Cumbana, lá na terra de boa gente, termina assim: “Temos despachos indeferidos, mas os donos ficam sossegados numa de que foram aceite” (“ipsis verbe”). É de bradar aos céus, sobretudo numa altura em que o país ainda tenta se refazer das clamorosas incongruências contidas nos manuais do ensino primário, mormente o livro de ciências Sociais da 6ª classe. Se calhar os culpados pelos erros crassos devam ser procurados lá em Inhambane.
Ora, se numa escola secundária escreve-se assim, fica difícil distinguir a realidade da ficção… se calhar seja caso de apelar à NASA a mandar alguns cérebros para nos ajudarem a ultrapassar estas dificuldades…