É comum nos engarrafamentos, um pai de família, todo bonacheirão, achar que a faixa em que se encontra é mais lenta que a outra e… zás… sem sinalizar, partir para lá. Só que… logo a seguir, aquela em que estava se move e o seu lugar passa a ser ocupado pelo centésimo carro que o seguia.
Nesse intervalo, o homenzinho diz para si mesmo: “puxa. Eu já estaria ali na curva”. Volta para a faixa de onde nunca devia ter saído e, a faixa contrária também se move e todos os carros que o seguiam somem no horizonte. Bula-bula só olha e se pergunta: “Esse ia para onde?”. Mas também acontece com quem é agente de trânsito que, num esforço de demonstrar zelo, interrompe a marcha de um automobilista e, quando percebe que desse mato não vai sair coelho, devolve a papelada e pula para o eixo da via para travar o próximo. Assim mesmo, num ápice. Precisa? “Vai para onde?”.
Nas noites, e sobretudo madrugadas de finais de semana, também anima ver aqueles agentes cujos bastões luminosos ficaram sem carga e, porque a ordem é permanecer na via até que a morte nos separe, socorrer-se da lanterna do seu telemóvel para mandar o próximo automobilista imobilizar a viatura. Leia mais…
226
Artigo anterior