Desdea sua criação, o Homem sempre acreditou que existe uma força sobrenatural que o faz esquivar dos infortúnios. Inclusive da morte. Mas todos sabemos que ela, a morte, é uma certeza para todos os seres vivos. “Esta coisa de estar vivo sempre termina mal”, já o dizia um velho amigo de Bula-Bula. Que Deus o tenha em boa conta.
Outra certeza, pura e crua, é que enquanto vivos os humanos enfrentam ciclos emocionais, sociais e económicos bons e maus, chamados de épocas das vacas que ora são gordas ora magras.
Todavia, há quem desespere perante as desgraças da vida. Foi largado pela namorada, abandonado pela esposa, perdeu emprego, tem o filho drogado ou transformado num assaltante, enfrenta doenças, tem dívidas, sofre sevícias no lar, enfim.
E é justamente este campo, o das aflições, do desespero, da agonia, das incertezas e da dor que alguns indivíduos, sob a capa de religiosos, exploram com cada vez mais ousadia, teatralidade e despudor.