Vários sábios abordaram a ignorância e deixaram ficar a sua visão sobre o que ela representa para os seres humanos. Na contemporaniedade, o Padre Bartolomeu Bravo, um sacramentino de fino trato, nado da província de Tete, tem sublinhado que “mais vale um palmo de estômago vazio, a um milímetro de ignorância”.
Lá mais para trás, Goethe (1749-1832) afirmou que “não há nada mais terrível que a ignorância”. Confúcio, que é da era antes de Cristo, deixou ficar que “a ignorância é a noite (escuridão) da mente”. O famoso Aristóteles foi mais cáustico dizendo que “a diferença entre um homem sábio e um ignorante é a mesma entre um homem vivo e um cadáver”.
Muitos outros estudaram o fenómeno e dividiram a ignorância em grupos, sendo o primeiro o da ignorância factual, relativa à falta de conhecimento sobre um facto; o segundo versa sobre a ignorância objectual, que tem a ver com o desconhecimento em relação a um objecto; e ignorância técnica, que é do pessoal que não sabe como fazer alguma coisa.
No caso da ignorância objectual é só recuperar o filme “os Deuses devem estar loucos”, um clássico de Jamie Uys, que retrata a vida de uma tribo que era feliz e tranquila, algures num deserto africano, mas tudo vira um caos quando uma garrafa de Coca-Cola cai miraculosamente de uma avioneta e líder da tribo, Xi (N!xau), decide devolver o “estranho” objecto aos deuses para restaurar a paz no local.
Tudo isto demonstra o quão a humanidade se aflige perante manifestações que podem ser rotuladas de imbecis e que resultam da falta de interesse em aprender a ponto de uns causarem uma indignação generalizada em outros, incluindo Bula-bula. Leia mais…