A ida de trabalhadores moçambicanos do sexo feminino para as companhias agrícolas da República da África do Sul (RAS), conhecidas por farmas, tem conhecido um incremento nos últimos tempos, logo a seguir ao sector mineiro, que é o tradicional em matéria de recrutamento e emprego de mão-de-obra moçambicana naquele país vizinho.
Só no primeiro semestre do ano em curso foram recrutadas 658 trabalhadoras do para diferentes empresas agrícolas na RAS, com destaque para as localizadas ao longo da fronteira norte entre os dois países, sobretudo nas Províncias de Limpopo e Mpumalanga.
No total, foram recrutados 2.845 trabalhadores moçambicanos para aquele sector sul-africano, dos quais 1.987 são homens, números que, mesmo assim, situaram-se abaixo dos alcançados pelo tradicional sector mineiro, para onde foram recrutados e empregues 20.486 candidatos, entre os quais 13 mulheres.
A companhia agro-pecuária ZZ2, localizada na Província sul-africana de Limpopo, uma das maiores produtoras de tomates e outras hortícolas do mundo, tem sido um dos principais destinos de trabalhadores recrutados de Moçambique, cujo destaque vai para a Província de Gaza.