Está tudo a ser preparado ao requinte para que entre os dias 24 e 28 de Agosto próximo, a cidade da Beira, receba os artistas e convidados provenientes de todo país para participarem e celebrarem a IX edição do Festival Nacional da Cultura (IX FNC).
“Celebrando a Diversidade Cultural, pela Consolidação da Paz e Desenvolvimento” é o lema do festival que pretende cultivar e defender o espírito de tolerância, humanismo, inclusão, diálogo, reconciliação, harmonia, respeito pelos valores da cidadania e da diversidade cultural, dos nossos heróis, dos símbolos e línguas nacionais.
Há quem tenha dúvidas sobre a realização do festival. Por isso, contactamos Djalma Lourenço – Director do IX Festival Nacional de Cultura.
O festival vai acontecer. “Está tudo a postos para que Sofala acolha a maior festa cultural. O nosso objectivo é promover o desenvolvimento da cultura e garantir a livre expressão das tradições e valores da sociedade moçambicana, consolidar a Unidade Nacional e a cultura de paz, democracia e estabilidade política”.
Segundo Djalma Lourenço, estão acauteladas questões logísticas para receber e acomodar os que se dirigirão para cidade da Beira: “ Teremos 150 convidados de Honra; 935 Delegações provinciais (85 por província); 800 artistas locais; 150 artistas convidados nacionais e estrangeiros; Pessoal de apoio – 100, o que perfaz um total de 2.155”.
A fase nacional do festival foi antecedida pelas fases dos postos administrativos que aconteceram entre os meses de Abril e Maio; fase distrital (Maio e Junho); Fase provincial (Julho) e a fase final (Agosto). As primeiras três fases foram competitivas para o efeito de apuramento dos grupos. Entretanto, a fase final é demonstrativa.
O festival terá quatro áreas artísticas. “ As Artes Cénicas que comportam o Teatro, Música Tradicional e Ligeira, Canto Coral, Dança tradicional moçambicana, desfile de Moda”, explica Djalma Lourenço. Acresce ainda a área as Artes Visuais – exposições, feiras e desfiles, terão as Artes plásticas, Artesanato, Fotografia, Livro e Disco, Traje moçambicano, Audiovisuais e Cinema, gastronomia moçambicana. ”Temos as últimas duas áreas que são Turismo através de exposições sobre actividades e potencialidades turísticas; e a última área é Formação que consistirá em palestras, seminários e workshops”.
Em relação aos resultados que se esperam do festival, o director do mesmo afirma: “ almejamos com a realização do festival alcançar os seguintes resultados: o aumento da renda dos criadores e outros actores através da comercialização dos seus produtos;Promoção e consolidação da Unidade Nacional, a Paz e a coesão nacional através do convívio no mesmo espaço de artistas, fazedores das artes e cultura, turistas, gestores culturais, investigadores e a população em geral”.
Através do festival será promovido o Património Material e Imaterial como elementos fundamentais da identidade moçambicana. “Estará promovido o Turismo doméstico e Internacional e criado o roteiro Beira – Gorongosa. Claramente que no final do festival estarão melhoradas infra-estruturas a vários níveis e fortalecido o capital humano”, explica Djalma Lourenço.
Especialmente para o presente festival, serão priorizadas as expressões culturais que nunca marcaram presença em festivais anteriores ou as que mostram sinais de extinção. “Promoveremos a música tradicional moçambicana como fonte de inspiração para a nova geração de talentos da música ligeira. Iremos ampliar e fortificar a divulgação do Nyau e da Timbila declarados “Obras Primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade” pela Unesco”, explica Djalma Lourenço.
Frederico Jamisse
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