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Temos um ano de grandes desafios- afirma Domingos Macamo

Por admin

O Secretário-Geral da Associação dos Músicos Moçambicanos (AMMO), Domingos Macamo, reeleito ano transacto, afirma que 2015 é um ano de muitos desafios. Por isso, a AMMO pretende maximizar seu espaço, revitalizar as associações provinciais, criar os respectivos núcleos, entre outras actividades.

Com vista a concretização dessas intenções, a AMMO tem estado a bater as portas de algumas instituições nacionais, em busca de financiamento.

“As nossas quotas não seriam suficientes para realizarmos esses desafios, por isso temos estado a bater a porta de algumas instituições com vista a obter ajuda para a realização dos mesmos”, afirma Domingos Macamo.

 O Secretário- Geral afirma que no presente ano pretendem dar início ao processo de maximização do espaço da AMMO. “Com vista a desenvolver ainda mais as nossas ideias precisamos de  ter uma fonte de rendimento mais condigna e que poderá certamente ajudar no nosso desenvolvimento”.

A iniciativa consiste em encontrar um parceiro interessado em ajudar aquela agremiação na construção de um edifício, nos espaços da AMMO, podendo  a parte de baixo ser dedicada  à associação e seus interesses. “A parte de cima do edifício poderá ser  para quem estiver interessado em arrendar para que deste modo possamos adquirir um valor para suportar todas as despesas da agremiação”.

O primeiro Festival Nacional de Música ligeira Moçambicanaé outra actividade que a AMMO pretende levar acabo no presente ano. Segundo Domingos Macamo, o objectivo é fazer com que as pessoas conheçam o que de música ligeira se faz em cada província no país, sendo também uma oportunidade de os artistas interagirem uns com os outros.

A revitalização das associações províncias será feita através da classificação dos elencos. “Os que mais trabalharem irão continuar na liderança e os que não o fizerem, poderão ser postos de fora. Essa é a maneira que temos para  melhorar ainda mais”.

MAIS MÚSICOS JUNTAM-SE À ASSOCIAÇÃO

Falando da “saúde” da AMMO, Macamo refere  que aquela agremiação está paulatinamente a crescer. Há  cada vez mais artistas a procurarem associar-se a ela. “Mas nota-se que alguns dos nossos músicos fazem isso por obrigação porque por vezes certas embaixadas não lhes dão apoio  quando não comprovam a sua filiação à AMMO”, explica Domingos Macamo.

A questão do estúdio de gravação que preocupa muitos músicos, está de certa forma resolvida através da aplicação de preços baixos.“ Os preços impostos no nosso estúdios de ensaio e de gravação, relativamente baixos, acabam sendo  um atractivos para os músicos. Quando o artista é nosso membro paga muito menos ainda. Então, essas coisas fazem com que sejamos muito procurados”, afirma.

Contudo, face a essa questão de estúdios, Domingos Macamo afirma haver necessidade de se implantarem mais estúdios pelo país. “Com estúdios pelo país, iremos evitar a situação de os músicos saírem de Nampula para virem gravar em Maputo”.

No que concerne à segurança social dos músicos, Domingos afirma que já tentaram criar essas condições, mas não houve sucesso. “É que poucos músicos aderiram à ideia, manifestando assim pouco interesse em participar desta iniciativa por não quererem contribuir. A EMOSE  sabe que o rendimento do músico não é alto e por isso tinha falado de criar condições deste pagar um preço diferente de outros clientes e mesmo assim não se aproveitou e a adesão foi fraca”, clarifica.

Explicando o custo das mensalidades, Domingos Macamo afirma existir falta de vontade por parte de alguns músicos em pagar. “Note-se que mesmo para pagarem quotas, que custam 50 meticais mensal, não conseguem, apenas três porcento o faz.  Como  é que vamos desenvolver assim”?

Decisivo e desejoso de ver uma associação saudável, domingos Macamo, apela à sociedade e a classe empresarial para que conceda apoios. “É  difícil sustentar uma agremiação como a nossa com quotas que nem todos músicos pagam. Gostaríamos de ver erguidas mais escolas dedicadas à formação da classe artística moçambicana, pois as que existem são poucas para a extensão do país”.

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