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TEMOS QUE INVESTIR NA INDÚSTRIA CULTURAL

Por admin

John Hassan vive com a família em Cape Town. Tem uma filha e afirma não pretender fazer mais filhos. E reconhece que a vida é difícil em Cape Town.

Como é a sua vida familiar?

Levo uma vida regrada em função da minha agenda e muito simples. Uma vida caseira que diferencia o John Hassan que é artista do Emídio. Gosto da cozinhar, conversar com amigos, fumar um cigarro, conversar mas sempre com saudades  da nossa cultura.

 

Quantos filhos tem?

Tenho uma filha e já me chega (risos).

 

O que é viver em Cape Town?

Viver fora do país já é uma luta. Então em Cape Town não digo mais.

 

Há oportunidades ou tudo resulta de uma luta?

 

Oportunidades existem, mas vivemos sempre lutando em busca do melhor.

 

Sonha voltar a viver em Moçambique?

 

Esse é o sonho de todo cidadão que gosta e é apaixonado pelo seu país.

 

Há condições para o músico viver da música em Moçambique?

É difícil responder essa pergunta estando deste lado. Não tenho instrumentos e formas de avaliar se pode-se ou não viver da música no meu país.

 

E na África do Sul?

 

Na África do Sul vive-se de música porque há condições. Repara que o músico não toca apenas para a plateia.  Tem trabalho de estúdio, teatro e são vastas as oportunidades.

 

Como é a vida em Cape Town?

Graças a Deus a vida deste lado é bem doce mas tudo depende do esforço e dedicação que se faz. A boa vida não bate a porta, é preciso ir à luta.

 

É preciso lutar incansavelmente para ganhar a vida?

O que mais o marcou nestes anos todos que está em Cape Town? E são quantos os anos de vivências em Cape Town?

Marcou-me o facto de pudermos fazer um pouco de tudo, desde que haja profissionalismo, dedicação as oportunidades não faltam. Em Cape Town estou a viver desde 1998. De 1987 até 1998 vivia em Joanesburgo.

 

O que nos falta para fortificarmos a indústria cultural moçambicana?

É preciso perceber que a indústria musical só cresce quando se investe. Em Moçambique precisamos de escolas de música não só em Maputo, mas em todas províncias para explorarmos os nossos ritmos.

 

Somos capazes de vender a nossa cultura aliada ao turismo cultural?

Podemos vender e muito bem porque a nossa cultura tem muito valor e congrega aspectos que a tornam diferente de outros hábitos culturais do mundo. Podemos aliar isso ao turismo e capitalizar melhor. Tem de haver divulgação, promoção e sobretudo preservação. Desde a arte Makonde, Mapiko, Marrabenta, Xigubo, Timbila, Xihoda e e muito mais, claro, sem esquecer a beleza e simplicidade que caracteriza o nosso povo. Tudo isso vende.

 

Para quando o espectáculo seu em Moçambique?

Essa é boa pergunta. Hassan’adas está preparado. Talvez  depois desta entrevista alguém vai contactar a banda e organizar um concerto em Moçambique.

 

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