Assinalou-se ontem, o Dia Internacional do Livro. A propósito da data, a escritora Fátima Langa, lançou na última quinta-feira o livro infantil intitulado Ndinema vai à escola.
“Esta obra é mais uma contribuição minha para que as crianças leiam e tenham contacto com as histórias do passado que ajudam a compreender o presente, forjando um futuro que permita ler e perceber os cenários da vida. Temos que cultivar o hábito de leitura nas crianças. Por vezes, no lugar de oferecer brinquedos de pistolas, quando elas assinalam aniversário, podemos oferecer livros infantís com histórias cativantes”, afirma Fátima Langa.
A literatura infantil é a chave para o desenvolvimento intelectual da criança. Desde tempos longínquos que nossos antepassados primeiro na oralidade e mais tarde escrevendo, entenderam que escrever para crianças, criar nelas o hábito da leitura era de uma importância vital para a sua educação.
Em 1967, a 02 de Abril, a IBBY ) International Board on Books for Yang People, Conselho Internacional de livros para jovens em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Anderson 1805-1875), autor destacado em histórias e fábulas para crianças, lidas em todo o mundo, instituiu o dia 02 de Abril dia Internacional do livro Infantil
Uma criança que cria hábitos de leitura desde tenra idade colhe benefícios incontáveis. Tem o horizonte aberto para aprendizagem logo para entender o mundo.
O dia 02 de Abril é uma data em que pais, encarregados de educação devem reflectir seriamente sobre como criarem nas crianças o gosto pelo livro e hábito pela leitura.
“Que o horizonte de todas as crianças do Mundo brilhe que nem o sol nascente. Apraz-me deixar um pequeno conto para as nossas crianças”, afirma a escritora Fátima Langa.
O FÍGADO DO BÚFALO E OS CAÇADORES
Ernesto e Cassamo eram amigos e caçadores, certa vez meteram-se no bosque à procura de presas. A caçada não lhes estava favorável. Passavam dois dias e duas noites, sem que nenhum deles conseguisse matar um animal para levar para casa.
Já estavam desesperados, quando ao rasgarem a densa floresta, depararam com um búfalo que, distraidamente, bebia água num charco.
Muito contente, Ernesto diz para o amigo:
_ Bravo, Cassamo! enfim, conseguimos um animal. Vamos matá-lo, que eu fico com o fígado.
Não, não, Ernesto, o fígado é meu, tu bem sabes que a minha família gosta muito.
Não, Cassamo, o fígado é meu, e ponto final.
Os dois amigos discutiram tanto, tanto que o búfalo acabou se apercebendo da presença dos dois caçadores e da acesa discussão que travavam acerca dele e, sorrateiramente, sem delongas, introduziu-se no denso matagal, que se estendia no seu horizonte.
Ernesto e Cassamo, numa pausa da discussão, ao olharem em direcção ao charco constataram que o paquiderme já não estava no sítio. Tinha sumido!
Com profunda tristeza e um sem fim de acusações, retomaram a procura do animal, mas não conseguiram encontrá-lo. Os dois tinham virado a sua atenção para uma discussão fútil, perdendo, assim, a oportunidade da caça.
Era princípio da tarde quando chegaram sem uma lebre sequer. A família e amigos reuniam-se para mais um fim do dia quando receberam os dois caçadores que sem omitir uma palavra contaram a disputa que haviam tido sobre o fígado do búfalo.
Com muita destreza alguns presentes riram-se do acontecido mas houve quem se atrevesse a chamar-lhes atenção para no futuro saberem definir prioridades pois aquela experiência é mesmo uma lição que ensina a importância de definirmos prioridades na vida.
Ensina-nos a evitar perder oportunidades, por causa do egoísmo. Vamos então queridos meninos evitar ser egoístas, a partilha é muito importante na nossa vida.