Carlos Gove é o tipo de artista disciplinado e que olha para a música como se fosse uma extensão do seu corpo a ponto de requerer todos os cuidados especiais. Nasceu no bairro de Chamanculo, cidade de Maputo, mas as suas raízes estão bem assentes em Inhambane. Mergulhou em algumas disciplinas artísticas, mas foi na música que se encontrou. Em 1979 decidiu assinar um compromisso com o seu instrumento de eleição, a viola-baixo. Quando sobe ao palco e o manuseia, é como se encontrasse o ponto de equilíbrio para fazer a alma levitar de tanta tranquilidade.
Membro da banda Ghorwane, ao longo dos anos foi experimentando vários ritmos musicais, facto que torna o seu percurso ainda mais rico. Inspirado, em 2013 colocou no mundo o seu primeiro álbum, “Massone”, no qual expressa a sua nostalgia para com Inharrime. E, como os sonhos não acabam, está em mangas outro trabalho discográfico.
domingo entrevistou aquele que se pode considerar um dos melhores baixistas do país. Sentado num sofá, com os pés fixos, seus óculos ficam embaciados vezes sem conta. Ajeita a máscara e remexe os dedos quando regressa ao passado. Para ele a música é uma escola. E declara: “sou embaixador do povo”. Leia mais…
TEXTO DE PRETILÉRIO MATSINHE
