Quem lê percebe e vê a vida em vários prismas. Atenta-se aos detalhes. Acelera o processo criativo e a comunicação. Quando isto é despertado desde a infância os benefícios são ainda maiores.
Fundamental na formação do indivíduo, o hábito de leitura na infância incentiva o desenvolvimento cognitivo. Aliás, “uma criança leitora será um adulto leitor, melhor esclarecido e mais tolerante. Igualmente capaz de questionar”, explica Pedro Pereira Lopes, escritor moçambicano e autor de quatro livros de literatura infanto-juvenil.
É necessário, no entanto, garantir que a leitura seja agradável às crianças e adolescentes. Por isso celebra-se, anualmente, a 2 de Abril, o Dia Internacional da Literatura Infantil. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, considerado o primeiro autor a romancear as fábulas voltadas especialmente para crianças.
A data serve igualmente de chamada de atenção sobre a importância da leitura e do papel dos livros para a infância.
Em Moçambique as crianças, das cidades e zonas rurais, têm pouco contacto com a leitura. Muitas delas chegam, inclusive, à idade adulta sem descobrir a importância da literatura. Outras não chegam a conhecer.
Com a falta de bibliotecas nas escolas primárias, poucas publicações de literatura infantil, que anualmente não passam de dez livros, o cenário é tenebroso. E cada vez mais desafios se impõem a todos para que se altere este cenário.