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KAPA DÊCH: Quisemos rasgar os passaportes e ficar em Paris

Por Jornal domingo

TEXTO DE JORGE RUNGO E FOTOS DE I. PERREIRA

Os elementos da banda Kapa Dêch já são cinquentões. A fisionomia de cada um ainda mostra traços de frescura juvenil, mas o pensamento e a visão em relação à vida estão completamente mudados.

Têm o desafio de produzir o terceiro disco, mas dizem que a conjuntura é adversa porque as tecnologias trouxeram outras dinâmicas que não são acompanhadas pela expansão da internet e pelo interesse por produtos artísticos de qualidade.

Recusam que os artistas sejam tratados como marginais. “Essa discriminação dói-nos muito e é deliberada”, dizem. Na verdade, foi essa incómoda avaliação social que levou a que todos eles decidissem buscar outros horizontes, mas preservando um vínculo profundo com os palcos.

Hoje um deles é director da Escola Nacional de Música, outro coordena o Centro Cultural N’tsindza, outro é vice-presidente da Federação Nacional das Indústrias Culturais e Criativas, um tornou-se empresário e gere estúdios de música, outros dois são instrumentistas requisitados, inclusive, para gravar com estrelas internacionais.

Poucos sabem que estes foram os únicos moçambicanos a actuar no lendário palco do Teatro Olympia, o mais antigo espaço de espectáculos de Paris, França, e que, depois disso, quiseram rasgar os passaportes para ficarem por lá.

Dos integrantes da banda, conseguimos conversar em simultâneo com Roberto Isaías, Jaime (Mitó), Rufas Maculuve e Zé Pires. Infelizmente, àquela hora, Sizaquel Matlombe, Nelson (Pimenta), Dodó e Stélio Zoé cumpriam outras tarefas.  Leia mais…

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