“Os amigos são para sempre”, diz um adágio popular. Quando bem cultivados, permanecem para sempre em nossas vidas. Assim deve ter o pensado Ulisses Oviedo, quando recebeu a informação de que seus amigos estavam a preparar uma exposição colectiva, com o intuito de angariar fundos a serem doados ao artista que se encontra enferma.
A exposição foi inaugurada esta quarta feira, dia 29 e estará patente até dia 7 de Agosto, no Centro Cultural Português. No total são 42 obras doadas por 23 artistas, que vão de desenho à pintura, e escultura à instalação. Participam artistas como Naguib, Pequiwa, Jorge Dias e Ndlozy.
Neste evento, cada artista podia participar doando uma ou duas obras. Silva Dunduro, artista plástico e ministro de cultura e turismo, recebeu o convite de participar na exposição colectiva com todo agrado. No seu discurso, Dunduro disse que “o gesto dos artistas deve repetir se entre outros doutra área”, por tratar se de um acto de solidariedade: “nos encontramos reunidos pela melhoria de saúde e para o apoio do nosso amigo.”
Gemuce é quem teve a ideia quando soube da doença do seu amigo e colega. Explica que não é a primeira vez que os artistas organizam uma exposição com esse tipo de propósito.
“Do fundo do meu coração, agradeço a todos os meus amigos, nunca vou me esquecer do que fizeram por mim e vou lutar para continuar a trabalhar com eles. Esse gesto mostra ou dá a imagem de que como artistas somos solidários uns para com os outros”, transmitiu, Ana Margarida, familiar do artista, a mensagem que lhe foi recomendada por Ulisses.
Ulisses Oviedo é de naturalidade cubana. Nascido em 1952, conheceu Moçambique em 1992, quandofoi convidado para leccionar na Escola de Artes Visuais em Maputo. É membro da associação Kulungwana e actualmente é docente no ISARC. Ulisses já participou em exposições em vários continentes, quer colectivas, quer individuais. Agora reúne esforços para se recuperar da doença que o enferma e que tem esperança de o conseguir.
